Durante reunião virtual do Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul), o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa da ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez. Bolsonaro afirmou que é “totalmente descabida” a informação de que ela participou de um golpe de Estado.
Áñez é investigada pelos crimes de sedição, terrorismo e conspiração por conta dos eventos que levaram o então presidente Evo Morales renunciar em 2019. O Ministério Público boliviano trata como um “suposto golpe de estado”. Nesta segunda-feira (15), a Justiça da Bolívia determinou quatro meses de prisão preventiva para a ex-presidente. Ela foi detida no sábado e estava escondida dentro de um baú de uma cama box.
“Antes de tratarmos da temática econômica, cumpre recordar que a defesa e promoção da democracia é um dos princípios basilares do Prosul. Nesse sentido, nos preocupam os acontecimentos em curso na Bolívia, nosso vizinho e país irmão, onde a ex-presidente Jeanine Áñez e outras autoridades foram presas sob a alegação de participação em golpe, que nos parece totalmente descabida”, declarou o presidente. “Esperamos que a Bolívia mantenha em plena vigência o estado de Direito e a convivência democrática”, concluiu.
Bolsonaro estava acompanhado dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Paulo Guedes (Economia), que não fizeram declarações.
Participaram da reunião os presidentes Iván Duque (Colômbia), Sebastian Piñera (Chile), Lenín Moreno (Equador), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Chan Santokhi (Suriname), além do primeiro-ministro da Guiana, Mark Phillips; do ministro da Economia do Peru, Waldo Mendoza; e do presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Mauricio Claver-Carone.
