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Política & Poder

CPMI tem bate-boca generalizado e depoimento do ex-diretor-geral da PRF

Silvinei também é réu por pedir votos irregularmente para Jair Bolsonaro, fazendo uso indevido de sua função

Camila Bairros

20/06/2023 12h31

Foto: TV Senado

Nesta terça-feira (20), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ouviu o primeiro convocado, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, aprovou outras três convocações e também precisou ser paralisada por um bate-boca entre os parlamentares.

Para começar, a CPI aprovou a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, do ex-diretor da Agência Brasília de Inteligência (ABIN), Saulo Moura da Cunha, e do coronel Jean Lawand Júnior.

Silvinei Vasques começou sua fala negando qualquer irregularidade na atuação da PRF durante as eleições, e considerou essa acusação “uma injustiça”.

“A gente vai ter a possibilidade, pela primeira vez, de combater esta que foi a maior injustiça já realizada na história da Polícia Rodoviária Federal, que nos próximos dias completa 95 anos.”

Há uma investigação para apurar se houve prevaricação na atuação da PRF durante o bloqueio de rodovias feito por bolsonaristas, o que atrapalhou no trânsito de veículos no dia do segundo turno das eleições de 2022, em especial no Nordeste. Silvinei chefiava a corporação na época, mas se aposentou em dezembro do ano passado.

Silvinei também é réu por pedir votos irregularmente para Bolsonaro, fazendo uso indevido de sua função.

A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) questionou Silvinei sobre uma suposta agressão contra um frentista, e a pergunta irritou parlamentares da oposição. Depois de um bate-boca generalizado, em que Eliziane foi interrompida diversas vezes e chegou a mandar o deputado federal Éder Mauro (PL-PA), que é suplente, calar a boca, a sessão precisou ser interrompida por alguns minutos.

“Vá gritar em outro lugar, aqui não. Cale sua boca. Respeite essa comissão. Cale a boca. Não vou aceitar isso na comissão”, afirmou a senadora, reclamando que Mauro não é sequer membro da CPI mista, e sim um suplente.

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