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Política & Poder

CPI aprova convocação de ex-mulher de Bolsonaro

Marconny é o depoente do dia na comissão sob a acusação de ser o suposto lobista, ou seja, teria sido uma espécie de ponte

Geovanna Bispo

15/09/2021 15h57

Foto: Reprodução / Redes sociais

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia aprovou, nesta quarta-feira (15), a convocação da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Ana Cristina Siqueira Valle. De acordo com o requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania), a comissão tem indícios da proximidade de Valle e Marconny Albernaz Riberio de Faria.

Marconny é o depoente do dia na comissão sob a acusação de ser o suposto lobista, ou seja, teria sido uma espécie de ponte entre o Ministério da Saúde e empresas para compra de vacinas contra a covid-19 e testes, como a Precisa Medicamentos.

“Como se sabe, o senhor Marconny Faria atuou como lobista da empresa Precisa Medicamentos, investigada pela CPI da Pandemia em razão de irregularidades na negociação de compra da vacina Covaxin, de modo que a sua relação próxima com a ex-esposa do senhor Jair Bolsonaro deve ser amplamente esclarecida, com vistas a examinar a potencial atuação ilícita de ambos no contexto da pandemia”, escreveu o senador.

Os indícios, citados pelos senadores, são uma série de mensagens onde Faria teria enviado uma série de currículos para Ana Cristina, que levaria as indicações “adiante”. “A senhora Ana Cristina Bolsonaro, que acredito que tem que ser trazida a CPI, encaminha currículos de pessoasindicadas pelo senhor Marconny para ocupar cargos no governo federal”, afirmou o vice-presidente da mesa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Mais cedo, Marconny, que é empresário e advogado, havia negado ter negócios com Ana Cristina, mas afirmou conhecê-la por meio de Jair Renan, o filho “04” de Bolsonaro. De acordo com o lobista, ele teria ajudado Jair Renan a “criar uma empresa de influencers” e teria o apresentado a um colega que poderia auxiliá-lo. “Essas pessoas, depois, tem tratativas com o senhor Marconny. Essa é uma das razões que a senhora Ana Cristina deve vir aqui. E fez bem o senhor Marconny em utilizar neste caso o direito constitucional de ficar calado”, completou.

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