Menu
Política & Poder

Concessões são atraentes, afirma ex-ministro

“Não é correto afirmar que o investidor estrangeiro não veio, e, mesmo quando uma empresa nacional vence, há o capital estrangeiro presente”, afirma

FolhaPress

08/05/2022 12h53

Alexa Salomão
Brasília, DF

Na avaliação do ex-ministro da Infraestrutura e agora candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a agenda de concessões do Brasil é um sucesso e interessa a investidores locais e estrangeiros.
“Não é correto afirmar que o investidor estrangeiro não veio, e, mesmo quando uma empresa nacional vence, há o capital estrangeiro presente”, afirma.

Ele cita como exemplos a Aena, da Espanha, o fundo soberano de Singapura, a francesa Vinci, o Mubadala, dos Emirados Árabes, além do BlackRock. Destaca ainda que CCR e Rumo têm investidores estrangeiros entre seus acionistas. O grupo Eco é Gavio da Itália e Abertis da Espanha.

“O Brasil é um dos principais destinos do capital estrangeiro, às vezes figura na quarta posição, às vezes na sétima, às vezes na décima”, afirma Freitas. “Com as crises e a inflação global, empresas brasileiras têm sido destino do capital porque o mundo sabe que as empresas brasileiras são resilientes e conseguem operar neste ambiente.”

“Como o investimento não vem se os leilões estão dando certo?”, pergunta o ex-ministro. Segundo ele, desde 2019 foram realizados 143 leilões, que representarão R$ 836 bilhões a serem desembolsados nos próximos anos, em áreas tão diversas quanto óleo e gás, saneamento básico, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia.

“Neste governo foi feito o maior número de leilões de concessões de aeroportos da história. Foram 34. O maior número de arrendamentos portuários da história, foram 37. Foi assinado o maior numero de contratos de adesão para terminais privados da história, foram 108. Só no setor portuário, contratamos mais de R$ 20 bilhões de investimentos”, afirma ele.

“Imagina que, na maior crise da aviação da história, fizemos um leilão de 22 aeroportos. O bloco Norte, com sete aeroportos na região amazônica, foi vencido pela Vinci, da França, que investirá R$ 2 bilhões em Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia”, afirma.

Ele cita ainda que os leilões de saneamento, telefonia 5G captou e rodoviários.

“Fico preocupado com esta narrativa, porque não foi o que vi e senti do mercado”, diz. “Falei com vários investidores, visitei vários países, sempre recebemos elogios pela forma como aprendemos a estruturar os projetos, mitigando riscos importantes.”

Procurado, o Ministério da Infraestrutura afirma em nota, por meio de sua assessoria, que o governo “tem justamente reforçado a parceria com a iniciativa privada, com um programa de concessão sofisticado que vem garantindo investimentos vultosos na infraestrutura de transportes brasileira”.

“Não à toa que, ao longo desses anos, foram leiloados 83 ativos e contratados cerca de R$ 100 bilhões –montante que representa cerca de 14 vezes o orçamento anual do Ministério da Infraestrutura”, diz a pasta.

O ministério também rechaça que existam processos de relicitações em atraso, e afirma que ainda estão previstas para 2022 a concessão de 44 portos e mais de R$ 110 bilhões em investimentos.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado