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Política & Poder

Com prisão preventiva decretada, Anderson Torres chegará em Brasília no sábado

No domingo, quando os criminosos invadiram e quebraram prédios da Praça dos Três Poderes, o secretário não estava na capital federal

Camila Bairros

12/01/2023 11h25

Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Anderson Torres, que era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia dos ataques terroristas na Esplanada, voltará a Brasília no sábado pela manhã. Ele está nos Estados Unidos e teve a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No domingo, quando os criminosos invadiram e quebraram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, o secretário não estava na capital federal. Delegado da Polícia Federal de origem, Torres também foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro.

Segundo a Polícia Federal, não há um diálogo aberto com o ex-ministro, então não se têm informações sobre como ele vai se apresentar para a Justiça brasileira.

Ricardo Cappelli, escolhido para chefiar a intervenção federal, disse ontem que as tropas de segurança funcionam a partir de comandos. Por isso, a ausência do secretário fez com que os atos ocorridos no domingo se tornassem uma barbárie. “A Secretaria de Segurança Púlica do DF tinha elementos para compreender a gravidade do que poderia ocorrer na Esplanada. Os atos foram anunciados, todos sabiam que a manifestação iria existir. Portanto, a SSP-DF tinha condições de ter feito e executado o planejamento para evitar a quebradeira generalizada”, afirmou.

Por ser próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a relação com Anderson Torres já estava desgastada. Na semana passada, o Ministério da Justiça publicou uma portaria que inviabilizaria sua permanência à frente da SSP-DF. O texto disse que servidores da pasta não podem ser cedidos para outros órgãos se estiverem respondendo a processos ou inquéritos, e ele responde a dois processos no STF. Um pelo vazamento do inquérito sigiloso do TSE e outro pela participação na live em que Bolsonaro atacou as urnas eletrônicos e apresentou mentiras sobre o sistema eleitoral.

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