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Política & Poder

CNJ investiga juíza de MG por ‘possível envolvimento’ com blogueiro bolsonarista

O despacho também faz referência a um post em que a magistrada ‘aparentemente menospreza o cargo que ocupa’

Redação Jornal de Brasília

21/09/2022 14h05

Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ

O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, instaurou uma reclamação disciplinar contra a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas, por suposta ‘conduta nas redes sociais incompatível com seus deveres funcionais de magistrada’.

No despacho em que determina a apuração contra a magistrada, Salomão cita publicações com tom ‘depreciativo’ sobre decisões do Supremo Tribunal Federal e da Justiça Eleitoral e ‘aparente tentativa de auxiliar’ o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos a ‘subtrair-se’ de ordem da Corte máxima.

O despacho também faz referência a um post em que a magistrada ‘aparentemente menospreza o cargo que ocupa’, além de suposta participação da juíza ‘em congresso com conotação aparentemente política’.

Salomão entendeu que os fatos que chegaram ao conhecimento da Corregedoria eram graves e ganham ainda mais relevância quando se considera que a magistrada tem mais de 300 mil seguidores no Twitter, onde foi publicada parte das postagens questionadas.

Além disso, o corregedor determinou cópia integral do procedimento aberto contra a juíza para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, tendo em vista o ‘possível envolvimento’ da juíza com Allan dos Santos, investigado no inquérito das milícias digitais. Na avaliação do ministro, a suposta ligação ‘pode ser de interesse processual para os fatos examinados’ no bojo da apuração.

A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais e a Presidência do Tribunal de Justiça de Minas também foram instadas por Salomão, para seja investigado ‘eventual cometimento de crime pela magistrada’ em razão de ‘auxílio a Allan dos Santos na divulgação de novo canal, imediatamente depois de ordem emanada do Supremo de bloqueio de contas, em 22 de outubro de 2021’.

Estadão conteúdo

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