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Política & Poder

CGU tem cinco auditorias abertas para fiscalizar emendas parlamentares a pedido do STF

A estimativa é que haja cerca de 40 inquéritos abertos no tribunal para apurar crimes decorrentes do repasse ilegal de dinheiro público por emendas

Redação Jornal de Brasília

05/08/2025 5h56

Foto: Banco de Imagens

A Controladoria-Geral da União (CGU) tem cinco auditorias em andamento para fiscalizar pagamentos de emendas a partir de 2020. As fiscalizações foram abertas por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, relator de processos sobre a legalidade da transferência de dinheiro público por esse mecanismo.

As investigações fazem parte da ofensiva do Supremo contra o chamado orçamento secreto – mecanismo revelado pelo Estadão em maio de 2021. A estimativa é que haja cerca de 40 inquéritos abertos no tribunal para apurar crimes decorrentes do repasse ilegal de dinheiro público por meio de emendas. Essas apurações estão pulverizados pelos gabinetes da Corte.

A partir das próximas auditorias, a depender do resultado, novos inquéritos poderão ser abertos na Corte. A previsão é que a nova leva de fiscalizações seja concluída ao longo deste semestre. Uma das frentes foca nos dez Estados e municípios que mais receberam recursos de “emendas Pix” entre 2020 e 2024.

Outras duas auditorias miram 49 organizações não-governamentais (ONGs) e entidades do terceiro setor que receberam recursos dos Estados e municípios vindos de todas as modalidades de emendas parlamentares no mesmo período.

Há ainda uma auditoria sobre o rateio de valores e fragmentação de objetos de emendas de bancada e de comissão. E outra sobre os planos de trabalho não cadastrados das transferências de “emendas Pix” em 20 Estados e municípios. Antes das novas auditorias, oito foram concluídas e tiveram o resultado divulgado pela CGU.

O STF fechou o cerco em torno das emendas desde novembro de 2021, quando a ministra Rosa Weber, hoje aposentada, suspendeu a execução do orçamento secreto, revelado pelo Estadão. Nesta terça-feira, 5, será realizada no STF uma reunião técnica com a CGU, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste. O objetivo é discutir possibilidades de rastreio de emendas em contas bancárias.

Estadão Conteúdo

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