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Política & Poder

Celina abre fogo contra Rollemberg

No troco, a deputada disse que “para Rollemberg isso talvez não seja importante, tanto que na sua gestão ele deixou um viaduto cair aqui”

Eduardo Brito

18/03/2022 5h00

A deputada brasiliense Celina Leão (foto) bateu forte no antigo aliado e ex-governador Rodrigo Rollemberg. Alinhada hoje com o sucessor Ibaneis Rocha, assumiu a defesa do Buriti após Rollemberg acusá-lo de não gostar das pessoas e de não fazer nada por ela. Para Celina, Rollemberg “é um cidadão que não fez nada pelo Distrito Federal, que não tem legado a demonstrar”. De acordo com a deputada, “no dia 6 de fevereiro de 2018, ele deixou cair, depois de haver sido várias vezes alertado, um viaduto no centro de Brasília”. Nas críticas a Ibaneis, o ex-governador disse também que “um governo não vive de obras”. No troco, a deputada disse que “para Rollemberg isso talvez não seja importante, tanto que na sua gestão ele deixou um viaduto cair aqui”. Isso quando “nós temos quase 2 mil obras sendo construídas no Distrito Federal.

Cuidar das pessoas

“Para você falar que você tem que cuidar de pessoas, você tem que ter cuidado na sua gestão e, na gestão do governador Rodrigo Rollemberg, nós não tínhamos”, disparou Celina. Como Rollemberg acusou Ibaneis de ter 350 mil pessoas na fila da assistência social, Celina respondeu que no governo anterior “não havia nem fila, porque não havia planilha, e hoje, todo o mundo sabe quem são as pessoas que estão cadastradas lá nesse sistema”. Afinal, completou, “para se ter uma ideia, em todo o ano de 2018, durante o Governo Rollemberg, foram realizados apenas 119 mil atendimentos, e de lá para cá, nós tivemos um aumento de 300% nesses atendimentos do CRAS, do CREAS e dos Centros POPs”. Rollemberg, atacou Celina, “não conseguiu fazer nada; teve a oportunidade, mas não fez, e foi rejeitado nas urnas”.

Revertério no União Brasil

Entrou em fase final a disputa pela presidência regional do União Brasil. Desde o início o favorito era o advogado Manuel Arruda, ligado ao grupo originário do PSL, majoritário no caixa e no comando. Há três dias, após reunião da cúpula, o presidente regional do DEM, Alberto Fraga, foi apontado oficialmente, em grande parte por conta de sua carreira eleitoral. Só que poderes estratégicos, como a escolha de nominatas e a tesouraria, ficariam com Manuel Arruda. Tinha tudo para dar errado. E deu. Arruda deve ficar não apenas com o controle, mas também com a presidência. Fraga já se encontrou com Waldemar Costa Neto e tem tapete vermelho estendido no PL. Deve disputar a Câmara dos Deputados pela quinta vez.

Amigos de novo

O governador Ibaneis Rocha iniciou nesta quinta-feira, 17, um processo de reaproximação com o colega goiano Ronaldo Caiado. Em almoço com prefeitos ele fez questão de dizer que respeita o governador vizinho e que quer trabalhar junto com ele para resolver os problemas da população. Os dois eram próximos – Caiado chegou a enviar um helicóptero para socorrer a mãe de Ibaneis quando ele sofreu um acidente em Caldas Novas – mas a turma da maldade acabou provocando rusgas entre eles. Agora começam a se relacionar novamente. Por coincidência, o MDB de Ibaneis vai ceder o vice na chapa à reeleição de Caiado, Daniel Vilela.

PSOL vê oportunidade

Agora candidata a deputada federal pelo PSOL, a professora Fátima Souza (foto) aposta nas eleições deste ano “como uma oportunidade especial para os partidos do campo progressistas ampliarem sua representação”. Ela foi candidata a governadora em 2018 e nessa primeira aventura eleitoral conseguiu 65 mil votos. Foi a única vez até agora em que o PSOL ultrapassou o PT nas urnas brasilienses. Agora, diz ela, a Câmara deve ser prioridade neste ano, não apenas para ultrapassar a cláusula de barreira, mas também para ampliar e qualificar a presença do partido no Congresso, “em que nossa bancada de 10 deputados já vem mostrando muita garra”.

Bandeiras

Como professora de Saúde Pública, Fátima Souza defenderá uma pauta especial, a reindustrialização. A ênfase será na saúde pública. “Como é possível que um país como o nosso, com grande tradição em assistência médica, se veja forçado a importar equipamentos de proteção social, como respiradores?”, pergunta ela. Esse será um tema de sua campanha, ao lado da importância da vacina, em que se tem deixado de lado a experiência de 40 anos do Programa Nacional de Imunização. O PSOL, diz Fátima, está atento para a cláusula de barreira, mas acha que tem potencial para superá-la, pois “eleição se ganha abrindo as urnas”.

Candidatura própria no DF

Fátima Souza reconhece que, no plano nacional, o PSOL tende a apoiar a candidatura de Lula, do PT, mas avisa que “estamos ainda em fase de negociação, aguardando apoio do PT a pontos essenciais de nosso programa, como a taxação das grandes fortunas, a revisão de reformas como a trabalhista e a previdenciária ou a taxação de dividendos”. No Distrito Federal, porém, terá candidatura própria ao Buriti, com Keka Bagno, que foi sua companheira de chapa em 2018. Ela diz que, embora o PT esteja fazendo alianças à direita, em quadro ainda muito nebuloso, “o PSOL está onde sempre esteve, na esquerda”.

Carroceiro a prêmio

O distrital Daniel Donizet busca informações sobre carroceiro que trafegava pelas ruas do Itapoã com uma carcaça de carro instalada (foto) sobre seu veículo puxado por um cavalo magro e esfaimado. Para Donizet, a crueldade do ser humano não tem limites. O distrital pede para quem conhecer o “covarde” que o notifique. Pretende levar o caso para a CPI dos Maus Tratos a Animais.

Apelo

O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente, fez um apelo inesperado ao deputado brasiliense Luís Miranda para que dispute a reeleição pelo Distrito Federal, e não por São Paulo. Luís Miranda ainda não respondeu, mas está na dúvida sobre as suas chances de repetir a zebra eleitoral de quatro anos atrás.

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