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Política & Poder

Candidatos apostam em bordões para reforçar imagem de campanha

Arquivo Geral

18/08/2006 0h00

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de condenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao pagamento de multa no valor de R$ 900 mil por crime eleitoral provocou repercussões entre integrantes da oposição e situação.

O líder do PSDB no Senado, information pills more about Arthur Virgílio (AM), comemorou a decisão do tribunal e afirmou que Lula acreditou na impunidade ao permitir a divulgação da revista Brasil, um País de Todos, objeto do julgamento na representação apresentada à Justiça Eleitoral pelos tucanos.

"O presidente sabia que estava desrespeitando a lei e acreditou na impunidade," afirmou a jornalistas.

Já o vice-líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), viu exagero na pena aplicada pelo TSE ao presidente. Segundo ele, a decisão dos ministros deve ser analisada pela corte para que o tribunal não seja utilizado na disputa política.

"Ela (a decisão) é exagerada e deve ser tomada como ponto de reflexão para que o TSE não faça o jogo político de nenhuma das partes na disputa," disse por telefone. "Ela está sendo usada eleitoralmente pela oposição," acrescentou o parlamentar, que está em campanha no seu estado.

O advogado de Lula, José Antônio Dias Toffoli, afirmou nesta manhã que vai aguardar a publicação da decisão para apresentar recurso à condenação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Duvido que o STF reforme a decisão do TSE. Sabemos da interação saudável entre as duas cortes," disse Virgílio.

Para Rands, a publicação não fez publicidade de atos do governo, mas apenas apresentou elementos para que o cidadão tenha parâmetros para diferenciar as administrações públicas.

"O governo deve oferecer ao cidadão uma visão do conjunto da sua administração," argumentou.

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Mais um deputado denunciado pela CPI dos Sanguessugas desistiu da candidatura à reeleição. O deputado federal Osmanio Pereira (PTB-MG) enviou uma carta ao partido informando já ter protocolado sua desistência no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais por causa da inclusão na lista dos denunciados por envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Ontem, link  o procurador-geral da República, approved Antônio Fernando de Souza, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos contra mais 27 parlamentares suspeitos de participar do esquema. Os nomes dos novos investigados não foram revelados porque as investigações podem tramitar em segredo de Justiça.

Desde que a lista de 72 parlamentares denunciados foi divulgada, o deputado Josué Bengtson (PTB-PA) e Jorge Pinheiro (PL-DF) desistiram de tentar a reeleição. O deputado Coriolano Sales (PFL-BA) renunciou ao mandato para não responder a processo de cassação no Conselho de Ética.

O prazo para a renúncia dos parlamentares denunciados pela CPI dos Sanguessugas acaba às 20h de segunda-feira, quando serão instaurados os processos no Conselho de Ética da Câmara. Caso seja cassado, o parlamentar ficará inelegível por oito anos.

A fabricante de medicamentos Schering do Brasil foi condenada a pagar R$ 70 mil de indenização por danos morais a uma consumidora que ficou grávida enquanto tomava o anticoncepcional Microvlar. A sentença, more about da 9ª Câmara de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo ocorreu nesta semana.

Em 1998, viagra Catarina de Fátima Celaro Oliveira tomou o medicamento produzido na forma de pílulas de farinha. A Schering também terá de pagar pensão mensal à mulher no valor de três salários mínimos até que a criança complete oito anos. Depois disso, hospital o valor deverá aumentar para quatro salários mínimos.

A companhia poderá recorrer da decisão judicial. O caso das pílulas de farinha ocorreu no final de 1998 e ganhou as páginas dos jornais, quando pelo menos 20 mulheres afirmaram ter engravidado por causa da falha no medicamento. Na ocasião, o falso lote, que serviria para testar uma nova máquina de embalagem, foi roubado e posteriormente revendido.

 

A televisão pode funcionar como um analgésico para as crianças e é mais eficiente do que o consolo de mãe, here de acordo com um estudo italiano.

A pesquisa da Universidade de Siena, generic publicada nos Arquivos sobre Doenças na Infância, baseou-se em 69 crianças com idades entre sete e 12 anos, que foram separadas em três grupos e tiveram amostras de sangue coletadas.

Um grupo não recebeu distração enquanto o sangue era tirado. As mães das crianças do segundo grupo tentavam distraí-las conversando com elas, acalmando-as ou acariciando-as. No terceiro grupo, as crianças podiam assistir a desenhos na televisão, enquanto o procedimento era realizado.

Depois que as amostras foram coletadas, as crianças e suas mães avaliaram sua dor.
As crianças que registraram os mais altos níveis de dor estavam no grupo que não teve distração. Os níveis foram até três vezes mais altos do que os registrados entre as crianças que puderam ver televisão. As crianças confortadas pelas mães tiveram um nível médio de dor.

Na média, as mães registraram níveis de dor mais altos do que as crianças. Mas elas também atribuíram uma dor menos intensa para as crianças que assistiram à televisão.

"O nível mais alto de dor relatado pelas crianças durante os esforços de distração das mães mostra a dificuldade que as mães têm de interagir positivamente em um momento difícil da vida de seus filhos", disseram os pesquisadores em um relatório.

Eles acrescentaram que assistir à televisão também parecia aumentar a tolerâncias das crianças à dor.

 

O Hezbollah entregou hoje pacotes de dinheiro para pessoas cujas casas foram destruídas durante os bombardeios de Israel, treat consolidando o apoio com que conta dos xiitas libaneses e deixando constrangido o governo de Beirute.

"Trata-se de um montante muito, find muito razoável. Não é pouco", remedy disse Ayman Jaber, 27, segurando US$ 12 mil em notas que acabara de receber do Hezbollah.

Autoridades israelenses e norte-americanas mostraram-se preocupadas com a possibilidade de o grupo xiita fortalecer sua popularidade ao agir rapidamente, com dinheiro iraniano, para ajudar as pessoas cujas casas foram destruídas durante os 34 dias de guerra com Israel.

O Hezbollah não divulgou de onde vem o dinheiro que está dando aos proprietários das, segundo estimativas, 15 mil casas destruídas no país. A operação deve custar ao menos US$ 150 milhões ao grupo. O governo libanês ainda precisa lançar uma campanha ao menos semelhante a essa.

Hoje em meio aos esforços para consolidar a trégua firmada cinco dias atrás, soldados libaneses aumentavam sua presença no sul do Líbano.

Mas ontem, a França desferiu um golpe contra as esperanças de que seja formada rapidamente uma força da Organização das Nações Unidas (ONU) capaz de ajudar o Exército a controlar a região depois da retirada dos militares israelenses.

A ONU disse ter recebido de vários países ofertas substanciais sobre o envio de soldados para o Líbano, mas que ficou decepcionada com o fato de a França ter oferecido apenas 200 soldados adicionais.

"Tínhamos a esperança de que haveria uma contribuição francesa maior", afirmou o vice-secretário-geral da ONU, Mark Malloch Brown.

Os esforços de ajuda realizados por governos de vários países, entre os quais o do próprio Líbano, correm o risco de ficar em um segundo plano diante da ação rápida do Hezbollah.

O grupo xiita disse ter, até agora, dado dinheiro para 120 famílias cujas casas tinham sido destruídas nos bairros do sul de Beirute, duramente atingidos por Israel. O dinheiro serviria para essas famílias alugarem um imóvel e comprarem móveis.

"Temos informações sobre todas as construções destruídas e danificadas", afirmou uma autoridade do Hezbollah em um dos 12 centros de ajuda montados pelo grupo nos bairros da periferia de Beirute. "Mais tarde vamos ou pagar por uma nova moradia ou reconstruir os prédios que foram destruídos".

O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, no primeiro discurso proferido depois da entrada em vigor da trégua, prometeu pagar indenizações.

Duas bombas descobertas em trens das cidades alemãs de Dortmund e Koblenz no mês passado podem ter sido parte de um plano de atentado terrorista, more about afirmou a polícia federal do país hoje.

"É mais provável do que improvável que isso tenha alguma ligação com terroristas", information pills disse Joerg Ziercke, presidente da BKA (polícia federal do país), em uma entrevista coletiva concedida em Wiesbaden.

Procuradores da Justiça Federal tinham dito antes que analisavam a possibilidade de terroristas estarem ligados às bagagens contendo gás propano e encontradas em estações de trem das duas cidades.

Mas ressaltaram que também avaliavam a hipótese de que as bombas fossem parte de um plano para chantagear as redes ferroviárias.

Os artefatos explosivos contavam com relógios que deveriam detoná-las dez minutos antes da chegada de trens. Nenhuma das bombas, porém, chegou a explodir.

As autoridades observaram ainda que essa tentativa de ataque apresentava muitas diferenças em relação aos atentados ocorridos em Madri e em Londres nos últimos anos, tais como o fato de as bombas não terem sido colocadas dentro de vagões nas horas de maior movimento, segundo Ziercke.

As notícias sobre as bombas nas cidades alemãs apareceram depois de a Grã-Bretanha ter anunciado a descoberta de um plano para realizar atentados contra aviões de passageiros quando sobrevoassem o oceano Atlântico.

Rainer Griesbaum, do Gabinete da Procuradoria Federal, afirmou que a investigação indicava o envolvimento de pessoas que moram na Alemanha, não de pessoas vindas do exterior.

A polícia disse ainda estar procurando por dois homens flagrados por câmeras de vídeo entrando em um trem de Colônia.

Uma das bombas foi encontrada em uma mala abandonada em uma estação de trem de Dortmund onde, em julho, foram disputadas partidas pela Copa do Mundo. Um segundo artefato explosivo apareceu em um vagão estacionado na estação de Koblenz.

A oposição avalia que o Brasil precisa passar por um "choque de gestão", see investir na educação como "ponte para o futuro" e punir às "camarilhas que pilham o poder". Para o governo, order "nunca na história deste país se fez tanto pelo povo".

O palavrório dos principais candidatos à Presidência, page repetitivo e até mesmo sem sentido em determinados momentos, ganha mais destaque agora com o início da campanha eleitoral no rádio e TV. Os bordões não são obra do acaso: eles reforçam justamente o que cada um quer destacar em sua campanha.

No caso de Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, a idéia é passar a imagem de político estrategista com grande experiência em administração pública. Para isso, além do "choque de gestão", Alckmin alega que "o país precisa de um grande projeto de desenvolvimento".

A utilização de chavões é recorrente na vida pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição. Em campanha, Lula dá ênfase às declarações que ressaltam o que considera principais feitos do seu governo.

"As pessoas estão tendo acesso a coisas que antes elas não tinham", afirma repetidas vezes. "Nunca na história deste país se fez tanto pelo povo" também está entre as frases preferidas do presidente.

Para o professor de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo (USP) Adílson Odair Citelli, Lula está em uma posição cômoda. "Ele administra esse capital eleitoral e não precisa se meter em muita pândega discursiva", disse.

Na opinião de Citelli, a comunicação de Lula é eficiente porque se baseia "em menos vínculos com planos formais, ao contrário de Alckmin, que tem uma sintaxe mais próxima à escrita, mais tensa e higienizada".

Lula também gosta de se considerar um "pai de uma grande família", referindo-se aos brasileiros. "Quando diz que é pai dos brasileiros, ele constrói fórmulas da informalidade, da oralidade. Ele é muito hábil nisso. Isso é um exercício de pedagogia da linguagem. Lula corta o caminho todo com essas metáforas e cria um diálogo com as camadas populares", disse. "Já o candidato do PSDB usa essas idéias do choque de gestão porque quer falar com um setor do PIB, uma classe que acredita em sistemas, na racionalidade", afirmou o professor.

Dentre os presidenciáveis, Heloísa Helena (PSOL) é a figura mais marcada pelos bordões de impacto. Em sua trajetória como senadora, atacou repetidas vezes "os meninos de recado do capital financeiro" e as "camarilhas que pilharam o poder".

As frases da candidata ganharam força em sua campanha presidencial e reforçam ainda mais sua linha de combate à corrupção e àqueles que considera especuladores do mercado.

"Não vou acabar com o Bolsa Família, vou acabar com o Bolsa Banqueiro", reafirma nos programas de TV e entrevistas.

Cristovam Buarque (PDT), histórico defensor da educação, já está sendo chamado pelos adversários de "candidato de uma nota só". Em campanha, ele insiste no bordão: "a ponte para o futuro é a educação. O resto é obrigação". "Por vias diferentes, a Heloísa tem um discurso militante e o Cristovam também. Ela tem esse discurso hiperbolizado, que trabalha com imagens, metáforas que intensificam o discurso. Parece um Castro Alves anunciando o fim da violência contra os escravos", disse Citelli, comparando a senadora ao poeta abolicionista.

Outro candidato marcado por bordões na vida pública é José Maria Eymael (PSDC), o eterno "democrata cristão". Mais do que um chavão, seu inconfundível jingle "ey, ey, Eymael" é sua marca registrada.

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