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Política & Poder

Bolsonaro não aparece no STF em 2º dia de julgamento sobre trama golpista

Redação Jornal de Brasília

26/03/2025 10h45

Foto: FÁTIMA MEIRA – 31.MAR.22/ENQUADRAR/ESTADÃO

ANA POMPEU
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Jair Bolsonaro (PL) não apareceu no segundo dia de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a trama golpista de 2022.


Seu advogado Celso Vilardi afirmou que o ex-presidente não deve acompanhar o segundo dia de análise do recebimento da denúncia que pode torná-lo réu.


Ele esteve na primeira fila da sala da Primeira Turma no início do julgamento na terça-feira (25). No entanto, auxiliares discutem com o ex-presidente a possibilidade de ele mudar de planos e ir até o tribunal.


Nesta quarta (26), o ministro Alexandre de Moraes vota na Primeira Turma se a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) tem indícios de materialidade e de autoria.


Segundo a denúncia, Bolsonaro liderou a trama golpista de 2022 que pretendia impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Ao ir à sessão no primeiro dia, Bolsonaro repetiu simbolicamente gesto do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no ano passado, quando se sentou à mesa da defesa em julgamento em Nova York. Em casos penais, no entanto, a presença do acusado é obrigatória nos EUA. No Brasil, não.


Na ocasião, Trump foi condenado por fraude, sob acusação de ter comprado o silêncio de uma atriz pornô com quem teria tido um relacionamento. Assim como Bolsonaro, o republicano dizia ser alvo de perseguição política. Apesar da condenação, meses depois, foi eleito ao cargo.


A ida do ex-presidente ao STF já vinha sendo defendida por aliados desde a véspera e contou com o aval da sua equipe de advogados.


A ideia, segundo esses aliados, é passar uma mensagem de enfrentamento ao encarar os seus “algozes”, como chamam os ministros da Primeira Turma do tribunal.


Sentado à frente dos ministros, Bolsonaro levou em seu paletó a Medalha do Pacificador com Palma —uma das principais honrarias militares.


Quando estava no Planalto, ele usava o acessório quando queria denotar coragem, como em debates eleitorais ou quando foi entrevistado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, em 2022.


A condecoração foi entregue ao capitão reformado em 2018, por uma ação de 40 anos antes, em 1978, quando Bolsonaro ajudou a retirar da lagoa um soldado que se afogava.


A medalha é concedida para militares e civis que, em tempos de paz, tenham realizado “atos pessoais de abnegação, coragem e bravura” com risco de morte.


O próprio Bolsonaro pleiteou a medalha em setembro de 2013. Ele enviou um ofício ao então comandante do Exército, Enzo Peri, pedindo a abertura de um processo interno para avaliar a entrega da honraria.

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