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Política & Poder

Bolsonaro é preso pela PF preventivamente na reta final de processo da trama golpista

Decisão de Moraes foi tomada após Flávio anunciar vigília; defesa havia pedido manutenção dele em casa por saúde

Redação Jornal de Brasília

22/11/2025 8h11

Foto : EVARISTO SA / AFP

Foto : EVARISTO SA / AFP

MARIANNA HOLANDA E MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Polícia Federal prendeu preventivamente Jair Bolsonaro (PL), 70, na manhã deste sábado (22), em Brasília, na reta final do processo da trama golpista.

O ex-presidente estava em regime domiciliar desde 4 de agosto e foi levado pela PF após a decretação da prisão preventiva, sob justificativa de garantia da ordem pública. Uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho dele, para a noite deste sábado, motivou a decisão.

A PF cumpriu mandado de prisão preventiva por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF (Supremo Tribunal Federal).

A PF chegou à casa de Bolsonaro por volta das 6h, em comboio com ao menos cinco carros. O ex-presidente foi levado cerca de 20 minutos depois para a Superintendência da PF, onde ficará preso.

A defesa do ex-presidente foi procurada, mas ainda não comentou. Segundo aliados, Bolsonaro estava soluçando, mas sereno quando foi preso.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder. É a primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.

Também foram condenados no processo, a penas de 2 a 26 anos, os outros sete réus do chamado núcleo crucial da trama golpista, todos ex-ocupantes de altos cargos no governo do ex-presidente.

A decisão da prisão preventiva aplicada a Bolsonaro não vale, por ora, para os demais, porque não está vinculada ao esgotamento de recursos para cumprimento de pena.

Na sexta (21), a defesa pediu ao STF que o ex-presidente fosse mantido em prisão domiciliar.

Na petição, feita ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, os advogados enumeraram os problemas de saúde de Bolsonaro e falaram em “risco à vida”. Eles pediam que o ex-presidente fosse mantido em casa, onde já cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto.

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