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Política & Poder

Berzoini depõe por mais de uma hora e evita a imprensa

Arquivo Geral

17/10/2006 0h00

O Chile disse hoje que a América Latina iniciou uma busca por um candidato de consenso para ocupar uma vaga no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A declaração aparece depois de a Venezuela e a Guatemala não terem conseguido vencer a disputa pela vaga em dez rodadas de votação realizadas na ONU.

Após a maratona de votações de ontem, this site there em Nova York, case para decidir o ocupante da vaga latino-americana do Conselho de Segurança, os países candidatos da região começaram a tornar mais flexíveis suas posturas, disse o chanceler chileno, Alejandro Foxley.

"Finalmente, na última hora de ontem e após dez votações, os países que se apresentaram estão mostrando uma disponibilidade de conversar e estão aparecendo outros países", afirmou Foxley à rádio chilena Cooperativa.

"Hoje, há muita incerteza em Nova York, mas o interessante é que os mais diferentes países e setores começaram a abrir-se na busca por uma solução", acrescentou.

O Chile não quis votar na Guatemala, que conta com o apoio dos EUA, e nem deu apoio à Venezuela, um opositor ferrenho do governo norte-americano.

Nenhum dos países envolvidos na disputa obteve, hoje, a maioria de dois terços necessária para uma vitória na Assembléia Geral da ONU, da qual participam 192 países.

"A eleição agora está aberta. Estamos conversando e a situação está indefinida. Temos de ter paciência. Parece-me que as posições estão convergindo rumo a uma voz única na América Latina", afirmou Foxley. "O Chile está conversando intensamente com todos e acredito que, com paciência, vamos chegar, provavelmente, à conclusão de que teremos um candidato de consenso", acrescentou, apesar de a Venezuela ter dito que não se retiraria da disputa.

A votação sobre a vaga no Conselho de Segurança transformou-se em uma batalha de influência entre os norte-americanos e os venezuelanos, que, sob o comando do presidente Hugo Chávez, tentaram formar uma aliança com a Ásia, a África e o Oriente Médio a fim de desafiar os EUA.

Os países latino-americanos dividiram-se nas primeiras rodadas de votação. A Argentina, o Brasil, o Paraguai, o Uruguai e a Bolívia optaram pela Venezuela. O México, a Colômbia e grande parte dos países da América Central votaram na Guatemala.

O processo de escolha do membro la tino-americano do Conselho de Segurança continuará hoje.

O órgão é composto por 15 membros, dos quais dez permanecem ali durante mandatos de dois anos. Os EUA, a Grã-Bretanha, a China, a Rússia e a França são os membros permanentes do Conselho de Segurança e possuem poder de veto.

O presidente boliviano, site Evo Morales, buy disse esperar que os novos contratos com empresas petrolíferas estrangeiras, após a nacionalização dos hidrocarbonetos, sejam negociados antes da data limite de 28 de outubro, segundo uma entrevista publicada hoje.

As companhias devem renegociar contratos para dar ao Estado boliviano mais controle sobre a produção de energia e uma maior participação nos lucros, segundo o decreto de nacionalização do setor, assinado pelo governante esquerdista em maio.

"Esperamos assinar contratos transparentes, ratificados pelo Congresso, que darão às companhias a segurança jurídica desejada", disse Morales ao jornal francês Le Monde.

A Bolívia, país mais pobre da América do Sul, tem a segunda maior reserva de gás natural do continente, atrás apenas da Venezuela.

Os maiores investidores estrangeiros nos campos de gás natural da Bolívia são a companhia petrolífera brasileira Petrobras, a espanhola Repsol-YPF , a francesa Total e o produtor britânico BG Group Plc.

Um melhor desempenho da indústria de gás aumentou a receita tributária e isso permitiu que a Bolívia projetasse terminar o ano de 2006 com um superávit fiscal pela primeira vez em três décadas, afirmou Morales.

O déficit fiscal da Bolívia alcançou um máximo de 8,8% em 2002, porém atingiu o menor nível em 15 anos em 2005, de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Pela primeira vez em muito tempo, finalizaremos o ano com um superávit fiscal de 1,5%", declarou.

As maiores receitas foram obtidas em grande medida graças à lei de hidrocarbonetos de 2005, que anulou os contratos existentes e introduziu um imposto de 32% sobre a produção, somados a 18% de isenções, acrescentou o presidente.

"Antes da lei de hidrocabonetos ser aprovada em 2005, o Estado obtinha apenas US$ 318 milhões a partir deles. Com os novos impostos introduzidos pela lei, a receita alcançou US$ 906 milhões", afirmou.

A Bolívia assinará esta semana um acordo com a Argentina que elevará em mais de três vezes a quantidade de gás natural que fornece a seu vizinho e também proporcionará dinheiro extra ao país andino, explicou Morales.

"Nosso decreto de nacionalização de 1º de maio de 2006 e o acordo que assinaremos com a Argentina na quinta-feira, dia 19 de outubro, nos farão ganhar US$ 1,26 bilhão", apontou o primeiro presidente indígena da Bolívia.

O presidente afastado do PT, viagra deputado Ricardo Berzoini (SP), generic prestou depoimento à Polícia Federal hoje sobre o suposto envolvimento de ex-integrantes do comitê da campanha do presidente Luiz Inác io Lula da Silva no caso do dossiê.

Berzoini deixou o prédio da PF na capital federal pela garagem, sick sem falar com a imprensa, após reunião que durou uma hora e 40 minutos com o delegado que preside a investigação, Diógenes Curado.

Ex-coordenador da campanha de Lula, Berzoini foi afastado da função após a PF ter levantado indícios de envolvimento de Jorge Lorenzetti e Osvaldo Bargas na tentativa de negociação de um dossiê contra tucanos. Em recentes declarações à imprensa, Berzoini negou qualquer participação nesse episódio.

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