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Política & Poder

Bancada tucana no Congresso pede candidatura única de PSDB, MDB e Cidadania

O Cidadania, por sua vez, decidiu formar uma federação partidária com o PSDB. A federação cria uma “fusão temporária”

Redação Jornal de Brasília

10/05/2022 14h55

Foto: Agência Brasil

A bancada tucana no Congresso Nacional anunciou nesta terça-feira, 10, que apoia uma candidatura única de PSDB, MDB e Cidadania à Presidência. O movimento dos parlamentares vem cinco dias após parte deles ter se reunido com o ex-governador João Doria, pré-candidato da sigla ao Palácio do Planalto, em Brasília.

“A bancada de deputados federais e senadores do PSDB decidiu, na manhã desta terça-feira, legitimar o presidente nacional do nosso partido, Bruno Araújo, a avançar nas conversas com o MDB e o Cidadania buscando uma candidatura única, posto que, na atual conjuntura, eventuais candidaturas isoladas destes partidos tendem a perder força no cenário nacional”, diz nota assinada pelo líder do partido na Câmara, Adolfo Viana (BA), e o do Senado, Izalci Lucas (DF).

Em 5 de maio, Doria participou de um jantar na casa de Viana, em Brasília. O ex-governador gostou do encontro, que não incluiu o deputado Aécio Neves (MG), o principal opositor de sua candidatura dentro do PSDB. “Foi uma longa e positiva reunião. Faremos reuniões conjuntas a cada duas semanas aqui em Brasília”, disse Doria. Ele foi cobrado pelo pouco contato com a bancada tucana e pelo baixo desempenho nas pesquisas de intenção de voto.

A terceira via, grupo de partidos que tenta romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda não ganhou tração na disputa eleitoral. Além disso, não há consenso ainda sobre quem será a cabeça de chapa. A ideia era lançar em 18 de maio um nome único ao Planalto, que reunisse PSDB, MDB, Cidadania e União Brasil.

Na semana passada, contudo, o partido formado com a fusão entre DEM e PSL abandonou a terceira via. A decisão enfraqueceu o grupo, já que o União Brasil é o partido com a maior fatia do fundo eleitoral. A legenda decidiu apostar na candidatura solo de seu presidente nacional, o deputado Luciano Bivar (PE).

O PSDB também enfrenta divergências internas. Uma ala do partido não apoia a candidatura de Doria. Em novembro passado, o ex-governador de São Paulo venceu as prévias eleitorais do partido, contra o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, mas não conseguiu unir a legenda em torno de seu nome. Desde então, foram várias as tentativas de substituir Doria por Leite, que chegou a ensaiar uma campanha paralela, com viagens pelo País e articulação nos bastidores.

No MDB, o nome da senadora Simone Tebet (MS) é defendido pelo presidente do partido, Baleia Rossi, e por figuras simbólicas como o ex-presidente Michel Temer, mas enfrenta a resistência de caciques da legenda, principalmente no Nordeste, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE).

O Cidadania, por sua vez, decidiu formar uma federação partidária com o PSDB. A federação cria uma “fusão temporária” entre as legendas que precisa durar pelo menos quatro anos, desde as eleições até o final do mandato seguinte, o que pressupõe candidatura única a cargos majoritários como o de presidente e o de governador.

Estadão Conteúdo

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