Eric Zambon
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O julgamento do recurso do ex-governador José Roberto Arruda contra a condenação por falsidade ideológica, marcado para 13h30 desta quinta (1º), foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Uma liminar do ministro Reynaldo Soares da Fonseca foi concedida ainda nesta manhã e o assunto foi retirado da pauta do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT).
A assessoria da Corte confirmou a informação e disse que a liminar foi emitida a pedido da defesa do político. O teor e a fundamentação da decisão, porém, não foram passados e o texto só deve ser oficialmente publicado na segunda-feira (5).
Arruda tenta reverter a sentença do juiz Paulo Carmona, da 7ª Vara Criminal de Brasília, proferida em 5 de maio de 2017, que o condenou a 3 anos, 10 meses e 20 dias de prisão. O magistrado entendeu que os recibos apresentados pelo ex-governador para justificar os R$ 50 mil recebidos do ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, eram falsificados.
Em 2006, Barbosa, que se tornou delator de um suposto esquema de propina no GDF, vazou o vídeo em que entrega o valor a Arruda. O então chefe do Executivo alegou que o dinheiro serviria para comprar panetones e distribuir à população carente no Natal. Com base na denúncia, a Polícia Federal deflagrou, então, a Operação Caixa de Pandora e o político foi preso.
O advogado do ex-governador José Roberto Arruda, Paulo Emílio Catta Pretta, comemorou a suspensão. Ele justificou o pedido junto ao STJ pois existem perícias em andamento na gravação entregue por Barbosa à Polícia Federal e utilizada pelo Ministério Público do DF para a acusação. “Estamos muito confiantes que voltando esse julgamento, vai ser alcançada a absolvição”, disse. Segundo o defensor, o trabalho técnico deve ser concluído até o fim do mês.
