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Opinião

A relevância da atividade física e exercício físico em tempos pandêmicos

Chamou a atenção em tempos recentes, com a pandemia do Covid-19, o impacto positivo e a relevância da atividade física na imunidade

Redação Jornal de Brasília

27/06/2022 14h32

Lucas Americano*

A prática regular de atividade física é recomendada porque ela protege o corpo e a mente. Ela reduz a pressão arterial, ajuda a perda de peso e diminui os riscos de doenças cardíacas, derrames, diabetes e vários tipos de câncer. Exercícios físicos também reduzem os riscos de depressão, de perda cognitiva, retarda o início de demência e nos ajuda a lidar melhor com as emoções. E depois de tudo isso, você ainda leva de brinde a sensação de bem-estar.

Mas mesmo com tantos benefícios já comprovados, o que mais chamou a atenção em tempos recentes, com a pandemia do Covid-19, foi justamente o impacto positivo e a relevância da atividade física na imunidade e como consequência, uma maior proteção ao vírus. A última Pesquisa Nacional de Saúde, a PNS do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 2019, ano que precedeu a maior emergência sanitária dos tempos, mostrou um aumento no número de pessoas que praticavam atividade física no lazer entre 2013 e 2019, chegando a quase um terço da população. Segundo o IBGE, em 2019, 30,1% dos brasileiros praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer, enquanto esse percentual foi de apenas 22,7% em 2013.

A notícia é boa. Mas, o que aconteceu logo em seguida? A pandemia impôs uma série de restrições que dificultaram a prática de exercícios físicos. O isolamento social forçou todos a ficarem em casa, as pessoas passaram mais horas sentadas e o sedentarismo ganhou terreno novamente.

Pesquisadores brasileiros (Abreu et al, 2022) relatam, em estudo realizado durante a pandemia, que a prática de exercícios durante o isolamento teve implicações positivas no bem-estar subjetivo das pessoas que já se exercitavam antes do isolamento social, e implicações negativas para os que não se exercitavam antes da pandemia.

Apesar de o risco de contrair o vírus ser generalizado, muitas pessoas que já eram fisicamente ativas tinham uma proteção imunológica maior e se esforçaram para adaptar os exercícios que já faziam à situação de isolamento. Os participantes do estudo que mantiveram os exercícios relataram um aumento de bem-estar subjetivo e satisfação consigo mesmos (auto-estima). O estudo revelou que praticar exercícios durante a quarentena pode ser positivo quando não exige mudanças radicais de atitude e hábitos anteriores.

Por outro lado, as pessoas que não se exercitavam antes da pandemia, se sentiram “pressionadas” a fazerem atividade física diante das circunstâncias o que pode ter resultado na prática da atividade física sem planejamento e orientação individualizada, o que pode levar a sensações de desconforto e trazer efeitos negativos.

E quando falamos de saúde mental, tema tão em voga atualmente, é importante ressaltar que práticas regulares de exercícios ajudam a inibir a irritação e o stress, provocando uma maior sensação de prazer, satisfação e felicidade, melhoram a clareza mental se tornando um importante aliado no combate e na prevenção da depressão e crises de ansiedade, tão comuns nos tempos atuais.

Por fim, muitos acreditam que os tempos pandêmicos já são o normal e portanto devemos estar preparados para emergências semelhantes daqui para frente. Podemos afirmar que o hábito de praticar atividade física continuará sendo um poderoso aliado para a proteção da saúde do corpo e da mente. Cultivar o hábito hoje é a melhor coisa que cada uma de nós pode fazer para estarmos bem e protegidos, seja com o isolamento social ou sem as restrições de quarentena.

Lucas Americano*

  • Formado em Administração de empresas e um dos pré cursores da modalidade Cross Fit em Brasília.
  • Graduado nos principais cursos da atividade: CrossFit Level 1,
  • Crossfit Level 2,
  • Crossfit kids,
  • Crossfit kettlebell.
  • Curso USAW Weightlifting
  • Fundador da Tai CrossFit.

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