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Operação na cracolândia no centro de São Paulo termina com cinco presos

O delegado disse que, por volta das 18h, as ações de buscas de cerca de 30 alvos dos mandados de prisão ainda continuavam

FolhaPress

11/05/2022 19h53

A Polícia Civil disse que cinco pessoas foram presas durante a operação efetuada nesta quarta-feira (11) na cracolândia da praça Princesa Isabel, na região central de São Paulo. Iniciada na madrugada, a ação contou ainda com policiais militares e guardas-civis metropolitanos.

Dois deles já eram procurados, com ordem de prisão temporária decretada contra eles.

Outros três foram presos em flagrante por tráfico de drogas. A polícia afirmou que alguns eram reincidentes, mas não soube precisar quais crimes teriam cometido antes.

Entre os presos procurados está um homem apelidado de Filé com fritas. O rapaz, de 22 anos, tem ao menos uma passagem por violência doméstica, segundo a Polícia Civil.

Ele liderava o tráfico de drogas na região, segundo o delegado seccional Roberto Monteiro, que celebrou a prisão dele.

O delegado disse que, por volta das 18h, as ações de buscas de cerca de 30 alvos dos mandados de prisão ainda continuavam.

Até o início desta noite, também houve apreensão de tijolos de maconha, de crack, de 19 balanças de precisão e de ao menos duas armas falsas, além de facas.

Monteiro não soube precisar a quantidade de drogas apreendida, mas deixou nas entrelinhas que o montante não era tão significativo.

O delegado ressaltou que operações contínuas levaram o crack a inflacionar na região: o valor da pedra passou de R$ 20 no entorno da praça Júlio Pestes para R$ 50 na praça Princesa Isabel.

A Polícia Civil estima que o tráfico na região renderia cerca de R$ 200 milhões por ano para o crime.

Ao ser perguntado se a dispersão dos usuários decorrente da operação não resultaria em um problema, o delegado respondeu que esse efeito pode afastar os usuários de traficantes e auxiliar no processo de atuação de agentes de saúde e assistentes sociais da prefeitura. “Quando nós diluímos em pequenos núcleos, é mais fácil de fazer a abordagem”, disse.

Na praça Princesa Isabel, segundo a polícia, foi encontrada uma tenda de receptação de produtos furtados e utilizados na troca de drogas. No local, havia celulares, isqueiro e revistas ainda embaladas.

Segundo a polícia, a operação desta quarta (11) resulta de um trabalho de inteligência iniciado dez meses atrás, quando os usuários ainda se concentravam no entorno da praça Júlio Prestes.

O delegado afirmou que, somente nesta quarta-feira, 50 pessoas procuraram a prefeitura em busca de abrigo e outros atendimentos sociais.

Abordagens da prefeitura Em nota, a prefeitura disse que, da madrugada até o fim da manhã desta quarta, orientadores do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas) realizaram 146 atendimentos. Nem todos eles, segundo a prefeitura, levaram a direcionamento ao Serviço Integrado de

Acolhida Terapêutica. “Esta é uma avaliação feita após o encaminhamento para a rede, onde esses cidadãos passam por triagem para identificar o serviço mais adequado, seja terapêutico ou socioassistencial”, afirma a gestão municipal.

A Secretaria Municipal da Saúde afirmou que o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) realizou o acolhimento de 17 usuários que optaram por receber atendimento. “A pasta esclarece que os profissionais do Caps são orientados a abaixarem as portas durante ações de segurança que possam gerar reação do fluxo e, consequentemente, interferir no andamento dos trabalhos da unidade, além de garantir a segurança de acolhidos e funcionários.

Segundo a prefeitura, de 25 de março até esta terça-feira (10), houve mais de 3.000 abordagens na praça Princesa Isabel, a fim de permitir o acesso a serviços de política pública.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana disse que, a partir desta quinta (12), a GCM voltar a manter na região da praça um efetivo de 40 guardas no período diurno e de 40 no noturno.

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