O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e líderes europeus apoiaram nesta terça-feira (21) os esforços de paz de Donald Trump e respaldaram que a atual linha de frente deve servir como “ponto de partida” nas negociações com a Rússia.
O presidente dos Estados Unidos tenta acabar com três anos e meio de conflito provocado pela invasão russa da Ucrânia. Na semana passada, ele pediu às partes que interrompam os combates “onde estão”.
“Apoiamos de maneira veemente a posição do presidente Trump de que os combates devem cessar imediatamente e que a linha de contato atual deve servir como ponto de partida para as negociações”, afirmaram em um comunicado conjunto os líderes, que incluem os governantes da França, Reino Unido e Alemanha.
“Seguimos comprometidos com o princípio de que as fronteiras internacionais não devem ser modificadas pela força”, acrescenta a nota. Os líderes europeus reafirmam, no entanto, apoio para que a Ucrânia permaneça “na posição mais forte possível, antes, durante e após qualquer cessar-fogo”.
Os governantes consideraram que seus países devem “intensificar a pressão sobre a economia da Rússia e sua indústria de defesa, até que (o presidente Vladimir) Putin esteja disposto a fazer a paz”.
Trump se reunirá em breve com seu homólogo russo em Budapeste. Os líderes europeus temem que um acordo seja alcançado em detrimento da Ucrânia e dos interesses de segurança na Europa.
Eles insistem em pedir uma intensificação da pressão sobre Moscou, inclusive de Washington, onde o presidente americano se recusou até agora a impor sanções à Rússia.
“As táticas dilatórias da Rússia demonstraram em várias ocasiões que a Ucrânia é a única parte que leva a paz a sério”, escreveram os líderes.
O comunicado conjunto foi assinado pelos líderes da Ucrânia, União Europeia, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Polônia, Dinamarca e Finlândia.
Todos eles, exceto o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, se reunirão na quinta-feira em Bruxelas para um encontro de cúpula europeia no qual esperam estabelecer um apoio financeiro duradouro à Ucrânia.
Também está prevista para sexta-feira uma reunião da chamada “Coalizão de Voluntários”, que reúne os países que apoiam Kiev.
AFP