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Zelensky diz que EUA propõe uma ‘zona econômica livre’ e sem tropas no leste da Ucrânia

Presidente ucraniano diz que proposta prevê desmilitarização de áreas ainda controladas por Kiev no leste do país, com garantia de que forças russas não avancem sobre a região

Redação Jornal de Brasília

11/12/2025 13h38

Foto: AFP PHOTO / Ukrainian Presidential Press Service

Foto: AFP PHOTO / Ukrainian Presidential Press Service

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou nesta quinta-feira (11) que os Estados Unidos propõem a retirada do Exército ucraniano dos territórios que ainda controla na região leste de Donetsk e a criação, em seu lugar, de uma “zona econômica livre” e desmilitarizada.

“[Os americanos] preveem a saída das forças ucranianas do território da região de Donetsk, e o suposto acordo é que as forças russas não entrem nesse território (…) que já chamam de ‘zona econômica livre'”, disse Zelensky a jornalistas em Kiev.

O presidente ucraniano afirmou que Washington continua pressionando Kiev para que faça concessões territoriais significativas à Rússia a fim de pôr fim ao conflito, que começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 e já resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas.

A região de Donetsk é um dos principais pontos de discórdia nas negociações com os Estados Unidos, afirmou Zelensky. As negociações se intensificaram depois que Washington apresentou um plano para encerrar o conflito, que foi criticado por Kiev e seus aliados por ser muito favorável a Moscou.

“Temos dois pontos de discórdia principais: o território de Donetsk e tudo o que está relacionado a ele, e a usina nuclear de Zaporizhzhia. Essas são as duas questões que ainda estamos discutindo”, declarou Zelensky em uma coletiva de imprensa.

Ele também afirmou que qualquer possível acordo sobre o território deve ser decidido por voto popular.

“Acredito que o povo da Ucrânia responderá a essa pergunta. Seja por meio de eleições ou de um referendo, deve ser uma posição do povo da Ucrânia”, declarou.

A Ucrânia afirmou na quarta-feira que apresentou a Washington um plano atualizado para pôr fim à invasão russa, mas indicou que não divulgará os detalhes das alterações até receber uma resposta dos Estados Unidos.

AFP

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