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Violência no Paquistão deixa ao menos 25 mortos, alguns em atentados suicidas

Dezenas de pessoas ficaram feridas na explosão ocorrida no estacionamento de um estádio, onde centenas de membros do Partido Nacional do Baluchistão (BNP) estavam reunidos

Redação Jornal de Brasília

02/09/2025 18h15

paquistão

Foto: AFP

Pelo menos 25 pessoas morreram nesta terça-feira (2), 14 delas quando um homem-bomba detonou uma carga explosiva em um comício político no Baluchistão, uma conturbada província no sudoeste do Paquistão.

Dezenas de pessoas ficaram feridas na explosão ocorrida no estacionamento de um estádio, onde centenas de membros do Partido Nacional do Baluchistão (BNP) estavam reunidos, indicaram os funcionários do governo da província, que falaram sob a condição do anonimato.

Ao menos sete feridos se encontravam em estado crítico, afirmaram os funcionários.

O movimento político BNP defende a minoria balúchi, que se diz marginalizada nesta província rica em minerais e hidrocarbonetos, porém a mais pobre do Paquistão.

Em outro ataque nesta província, perto da fronteira com o Irã, cinco pessoas morreram nesta terça, informou à AFP um alto funcionário local.

Nesta província, oficialmente 70% dos habitantes são pobres, enquanto seu subsolo abriga alguns dos maiores depósitos de minerais inexplorados do mundo e projetos colossais de capitais chineses, que geram receitas significativas.

Nos últimos anos tem crescido uma insurreição armada nesta região, que fez com que em 2024 o Baluchistão registrasse o maior aumento de episódios de violência no Paquistão: 90%, segundo o Centro de Pesquisa e Estudos de Segurança de Islamabad, com 782 mortos.

Também nesta terça-feira, seis soldados morreram em um ataque suicida em sua base na província vizinha de Khyber Pakhtunkhwa, segundo o exército.

O grupo militante Ittehad-ul-Mujahideen Pakistan reivindicou a autoria do ataque.

Desde 1º de janeiro, segundo um levantamento da AFP, mais de 430 pessoas, a maioria membros das forças de segurança, morreram em atos de violência realizados por grupos armados em luta contra o Estado, tanto no Baluchistão quanto na província vizinha de Khyber-Pakhtunkhwa.

© Agence France-Presse

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