Menu
Mundo

Vice-presidente dos EUA afirma que Ucrânia não vencerá guerra contra Rússia com mais armas

Ainda neste sábado, o ministério da Defesa russo afirmou que suas forças capturaram duas aldeias no leste da Ucrânia

Redação Jornal de Brasília

22/11/2025 9h06

us iran trump situation room

(Foto: CASA BRANCA / AFP)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, afirmou nesta sexta-feira (21) que qualquer plano para pôr fim à guerra da Rússia na Ucrânia deve preservar a soberania ucraniana e ser aceitável para ambos os países, mas que é uma “fantasia” pensar que a Ucrânia poderia vencer se os EUA simplesmente dessem mais dinheiro ou armas a Kiev ou impusessem mais sanções à Rússia.

A fala se dá em um contexto de pressão sobre o presidente ucraniano Volodimir Zelenski, que afirmou que a Ucrânia terá de escolher entre a dignidade ou o apoio dos Estados Unidos. “Agora é um dos momentos mais difíceis da nossa história. Agora a pressão sobre a Ucrânia é uma das mais intensas.

Agora a Ucrânia pode ter de encarar uma escolha muito difícil: ou perder a dignidade ou arriscar perder um grande aliado”, afirmou em pronunciamento à nação também nesta sexta.

Trump o pressiona para que aceite o acordo de paz desenhado em conjunto com a Rússia para encerrar a guerra em seu país. “Eu dei um monte de prazos, mas se as coisas estiverem indo bem, você tende a estendê-los”, disse Trump. “Acho que quinta-feira é um momento apropriado”, acrescentou à rádio Fox News. Ele quer dar um caráter simbólico e americano com a escolha: 27 de novembro é o Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais celebrados nos EUA.

Ainda neste sábado, o ministério da Defesa russo afirmou que suas forças capturaram duas aldeias no leste da Ucrânia. Segundo o órgão, os soldados russos assumiram o controle da aldeia de Zvanivka, na região de Donetsk, bem como do assentamento de Nove Zaporíjia, na região de Zaporíjia, ao sul do país.

Soma-se a esse cenáio um possível novo encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e Trump. O vice-ministro das Relações Exteriores de Moscou, Sergei Ryabkov, afirmou que “não descartaria nada”. “A busca por um caminho a seguir continua”, acrescentou o diplomata.

Ainda na sexta, Putin quebrou o silêncio do Kremlin numa reunião de seu Conselho de Segurança e buscou demonstrar ceticismo sobre o acordo de trégua. “A Rússia está pronta para negociações de paz e uma resolução pacífica dos problemas, mas isso requer uma discussão substancial de todos os detalhes do plano proposto”, afirmou.

Ele disse que os pontos foram discutidos genericamente já antes da cúpula de agosto com Trump, no Alasca, e que agora foram refinados. “Temos esse texto. Recebemos por meio dos canais de comunicação existentes com o governo dos EUA. Acredito que ele possa ser usado como a base de um acordo de paz.”

Zelenski foi cuidadoso para não rejeitar o plano de 28 pontos, amplamente favorável ao rival russo, que invadiu seu país em 24 de fevereiro de 2022, agradecendo a Trump pelo esforço. Mas disse: “Vou lutar 24/7 para garantir que ao menos dois pontos no plano não sejam ignorados: a dignidade e a liberdade dos ucranianos”.

Ele terá dificuldades. Como Vance fez referência, nesta sexta, autoridades americanas afirmaram a meios ocidentais, como a agência Reuters, que o país pode cortar o fornecimento de informações de inteligência vitais para Kiev lutar sua guerra, como imagens de satélite com movimentos de tropas e monitoramento de lançamento de mísseis e drones.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado