A Venezuela informou nesta terça-feira (2) que reautorizou os voos dos Estados Unidos para deportar migrantes, dias após a suspensão devido ao alerta do presidente americano Donald Trump sobre o “fechamento total” do espaço aéreo venezuelano.
A chegada de aviões americanos com venezuelanos sem documentos continuou regularmente, apesar da tensão entre os dois países devido à mobilização militar dos EUA no Caribe.
Trump afirma que se trata de uma operação para combater o narcotráfico, mas seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro assegure que o objetivo é removê-lo do poder e se apropriar das riquezas petrolíferas do país.
A autoridade aeronáutica venezuelana “recebeu a solicitação do governo dos Estados Unidos para retomar os voos de repatriação de migrantes venezuelanos daquele país para a Venezuela”, indicou um comunicado do Ministério dos Transportes.
“Por instruções do presidente Nicolás Maduro, autoriza-se o ingresso em nosso espaço aéreo das aeronaves”.
Caracas permitirá a entrada de dois voos da americana Eastern Airlines às quartas e sextas-feiras.
A migração é um tema central do governo de Trump.
O americano reuniu-se na segunda-feira com sua equipe de Segurança Nacional para discutir sobre a Venezuela. No domingo, confirmou uma conversa telefônica com Maduro, sobre a qual não deu detalhes.
Quase 75 voos com deportados foram realizados este ano, com pelo menos 13.956 venezuelanos que estavam nos Estados Unidos, segundo o governo Maduro.
AFP