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Veja cronologia da escalada da tensão entre EUA e Venezuela

O presidente americano realizou reuniões com conselheiros de alto nível sobre se deve ou não atacar a Venezuela

Redação Jornal de Brasília

16/11/2025 9h43

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Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

CONSTANÇA REZENDE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Mesmo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer na última sexta (14) que já se decidiu sobre o que fazer com a Venezuela, ainda não está claro se ele decidiu prosseguir com uma escalada militar contra a ditadura de Nicolás Maduro.

Na mesma semana que determinou o envio do grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford para América Latina com mais de 75 aeronaves militares e cerca de 5.000 soldados, o presidente americano realizou reuniões com conselheiros de alto nível sobre se deve ou não atacar a Venezuela.

Veja a seguir a cronologia das tensões entre os dois países.

7.ago – EUA dobram recompensa para R$ 273 milhões por informações que levem à prisão do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Washington acusa o líder chavista de atuar como um dos principais narcotraficantes do mundo e de representar uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.

2.set – Trump afirma que EUA destruíram barco que saía da Venezuela, supostamente carregado de drogas, matando 11 pessoas. O presidente Donald Trump disse que a embarcação pertencia à facção venezuelana Tren de Aragua. O presidente também publicou imagens do ataque.

5 set – Trump ordena o envio de dez caças avançados F-35 para Porto Rico, território americano no Caribe, para participar do que Washington chama de missão contra o narcotráfico.

13 set – Venezuela acusa os Estados Unidos de abordarem um barco de pescadores com um destróier em sua área marítima, 48 milhas náuticas (88 km) a nordeste da ilha de La Blanquilla.

15.set – Trump anunciou que as Forças Armadas dos EUA atacaram um segundo barco venezuelano que, diz o republicano, “estava em águas internacionais transportando narcóticos ilegais”. A ação matou três pessoas. Maduro disse que os EUA estavam preparando uma “agressão de caráter militar” contra seu país.

16.set – Trump diz que seu país eliminou, no total, três embarcações que teriam saído da Venezuela. Regime de Maduro afirma que há “uma guerra não declarada” após o envio de navios dos EUA ao mar do Caribe, enquanto o Ministério Público venezuelano pede uma investigação da ONU sobre os recentes ataques contra embarcações de supostos narcotraficantes.

21.set – Maduro rejeita as acusações de envolvimento com o narcotráfico feitas pelos EUA e defende a abertura de um canal de diálogo direto com Washington. Em carta dirigida a Trump, ele diz que as denúncias de vínculos com “máfias e quadrilhas do narcotráfico” são “absolutamente falsas” e classifica a as ações americanas na região como tentativa de justificar uma escalada militar.

2.out – Venezuela denuncia que cinco caças americanos aproximaram-se da costa do país, após os EUA mobilizarem navios e tropas no mar do Caribe. O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, disse que o sistema de defesa aéreo do país “detectou mais de cinco vetores”, que definiu como “aviões de combate”.

10.out – Líder opositora à ditadura de Maduro, María Corina Machado, vence o Nobel da Paz de 2025 por sua atuação pela democracia na Venezuela. Ela apoia as manobras militares dos EUA no Caribe e dedica a láurea “ao povo sofredor” da Venezuela e a Trump.

14.out – Um novo ataque das Forças Armadas dos EUA contra um barco próximo à costa da Venezuela mata seis pessoas, segundo afirma Trump, por meio de sua rede social, a Truth Social.

15.out – Força Aérea dos Estados Unidos envia três bombardeiros estratégicos B-52 para um voo no mar do Caribe junto à costa da Venezuela, chegando a menos de 200 km de Caracas. Maduro ordena a realização de exercícios militares nas maiores favelas do país.

27.out – O governo Trump volta a enviar bombardeiros estratégicos, armas para ataques de precisão e maciços, à costa da Venezuela. Dois modelos B-1B voaram em uma missão de 14 horas que chegou a 32 km do país caribenho, a meros 10 km do limite de seu espaço aéreo.

2-nov – Trump afirma que os dias de Maduro à frente da Venezuela estejam contados. Ele diz duvidar de uma guerra com a Venezuela, mas, ao ser questionado sobre a queda do ditador em um futuro próximo, respondeu: “Eu diria que sim. Acho que sim, sim”.

4.nov – Os EUA matam mais duas pessoas em uma embarcação no oceano Pacífico, anuncia o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth. Ao divulgar a ação, ele repetiu a linguagem bélica que tem caracterizado os anúncios e afirmou que o barco carregava drogas –acusação feita em todos os ataques anteriores e para a qual Washington ainda não apresentou evidências.

11.nov – O maior navio de guerra dos EUA chega Caribe para “combater o narcoterrorismo”, segundo a Marinha americana. Isso ocorre em meio a crescentes tensões com a Venezuela devido a repetidos ataques a supostos barcos de narcotráfico.

13.nov – Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anuncia uma operação militar para combater grupos ligados ao narcotráfico na América Latina. A chamada “Operação Lança do Sul” terá a participação do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA (Southcom, no acrônimo em inglês), responsável pelas ações militares americanas em uma área que abrange 31 países da América do Sul, América Central e Caribe.

14.nov – Marinha dos EUA divulga fotos da chegada do grupo de ataque centrado no maior navio de guerra já construído, o porta-aviões de propulsão nuclear USS Gerald Ford, à região do Southcom, abreviação em inglês do comando militar.

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