O papa Francisco declarou, nesta quarta-feira (7), que as vacinas devem ser criadas para o bem comum da humanidade e não com o propósito de favorecer financeiramente um único país. A cobrança foi feita por meio de uma entrevista publicada no site “Vatican News”.
“A vacina não pode ser propriedade do laboratório que a encontrou ou de um grupo de países aliados só por isso. A vacina é um patrimônio da humanidade, de toda a humanidade, é universal porque a saúde é um bem comum, como nos ensina a pandemia [do novo coronavírus]. É um patrimônio comum, pertence ao bem comum e esse deveria ser o critério”, disse o líder católico.
O papa ainda destacou que a pandemia vai ter grande impacto na humanidade e disse que “ou vamos sair melhores ou piores.”
“A maneira com que sairemos disso depende das decisões que tomamos durante toda a crise”, completou.
Já em agosto, o Pontífice havia ressaltado que seria triste caso a imunização fosse primeiro para os ricos e não para os mais vulneráveis. Cerca de um mês depois, o líder católico alertou para o “surgimento de interesses particulares […] para se apropriar de possíveis soluções, como no caso das vacinas, para depois vendê-las aos outros”.
Ao ser questionado acerca das celebrações religiosas, que agora ocorrem de forma remota, o papa explicou como têm sido realizados os eventos sem a presença do público.
“Foi como falar com fantasmas. Mas, compensei essa ausência física com o telefone e com as cartas. Isso me ajudou muito a medir sobre como as famílias e as comunidades estavam vivendo”, disse ainda. .
