Uma em cada dez pessoas na Itália vivia na pobreza em 2024, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (14) pelo instituto nacional de estatísticas, que destacou que famílias numerosas e lares de imigrantes foram os mais afetados.
Esse dado corresponde a 5,7 milhões de pessoas ou 2,2 milhões de domicílios e representa 9,8% da população, afirmou o instituto.
Embora o número tenha se mantido estável nos últimos dois anos, representa um aumento significativo em comparação à última década.
O relatório define pobreza absoluta como a incapacidade de pagar por bens e serviços essenciais.
Por exemplo, em Roma, o limite mensal em 2023 para um jovem casal com um filho era de 1.568 euros (cerca de 9.913 reais, na cotação atual).
Pelos padrões europeus comparáveis, 13,6 milhões de italianos — 23% da população — viviam em risco de pobreza ou exclusão social em 2024.
Por esse padrão mais amplo, a Itália estava acima da média europeia de 21% em 2024, segundo o Eurostat, uma posição pior do que vários países da Europa Ocidental, mas melhor do que outros como a Grécia, que atingiu quase 27%.
O estudo também revela uma desigualdade acentuada entre famílias italianas e estrangeiras: 35% das famílias compostas exclusivamente por imigrantes viviam abaixo da linha da pobreza no ano passado, em comparação com 6% das famílias compostas apenas por italianos.
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