Um milhão de refugiados sírios voltaram do exterior desde a queda do regime do ex-presidente Bashar al Assad, em dezembro passado, informou nesta quarta-feira (24) a ONU, que pediu mais apoio internacional para que outros sírios possam fazer o mesmo.
“Em apenas nove meses, um milhão de sírios regressaram ao país após a queda do governo de Bashar al Assad, em 8 de dezembro de 2024”, declarou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em comunicado.
A agência acrescentou que outros 1,8 milhão de deslocados internos durante quase 14 anos de guerra civil também retornaram às regiões de origem.
Embora tenha descrito esses retornos em massa como “um sinal da grande esperança e das altas expectativas que os sírios depositam na transição política do país”, o Acnur alertou que os repatriados enfrentam “enormes desafios”.
A ONU lembrou que mais de 7 milhões de sírios continuam deslocados dentro do território nacional e que mais de 4,5 milhões ainda vivem como refugiados no exterior.
“Eles suportaram um sofrimento imenso nos últimos 14 anos e os mais vulneráveis continuam necessitando de proteção e assistência”, afirmou Filippo Grandi, chefe do Acnur, no comunicado.
Grandi fez um apelo à comunidade internacional e ao setor privado para que “apoiem a recuperação” da Síria e garantam que o retorno voluntário dos deslocados pelo conflito seja “sustentável e digno”, de modo que “não sejam obrigados a fugir novamente”.
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