UE reitera redução de 30% em emissões poluentes, mas quer analisar ofertas

A União Europeia (UE) assegurou hoje que ainda tem que analisar os compromissos anunciados por vários países na luta contra a mudança climática para ter claro seu alcance, mas reiterou sua intenção de reduzir suas emissões em 30% até 2020 se eles permitirem um acordo “ambicioso”.

O ministro de Exteriores da Dinamarca, Per Stig Møller, insistiu em que a União Europeia (UE) cumprirá sua “promessa” e passará de um corte de 20%, aprovado unilateralmente pelos 27 países-membros do bloco, para um de 30% em caso de um grande pacto internacional na conferência de Copenhague.

Segundo Møller, a Europa ainda deve analisar se as ofertas de redução apresentadas até agora por outras potências são suficientes para efetuar esse salto.

“Vimos uma oferta promissora da África do Sul, mas com condições. O mesmo aconteceu com Coreia do Sul, Japão, Nova Zelândia e Rússia”, disse o ministro dinamarquês, que explicou que durante os encontros em Copenhague a UE terá que analisar esses números.

O ministro de Exteriores britânico, David Miliband, também fez declarações na entrevista coletiva, na qual, a princípio, também estava prevista a participação de representantes de Suécia, Alemanha, Espanha, Finlândia e França, países que defendem um enfoque ambicioso em Copenhague.

Miliband afirmou que os 27 Estados-membros se mantêm comprometidos a “dar um salto para 30%”, mas que também estão dispostos a responder às “preocupações” de alguns países que fazem parte do bloco, entre eles, a Polônia.

O país considera que a UE não poderia mudar sua meta de corte de emissões sem antes realizar um estudo sobre o impacto social que analise as consequências da medida para o emprego e para a indústria.

A Comissão Europeia se comprometeu a realizar uma análise para todas as grandes decisões da UE, mas hoje Miliband e Møller deixaram claro que neste caso não haverá tempo para esse relatório e que é uma “promessa” que os países do bloco já formalizaram há meses.