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UE alcança acordo sobre meta climática até 2040

Os países da UE também formalizaram uma meta intermediária de redução das emissões até 2035, que deve ser apresentada nas negociações climáticas da ONU, fixada entre 66,25% e 72,5%.

Redação Jornal de Brasília

05/11/2025 7h41

Foto: GIOVANNI ISOLINO/AFP

Foto: GIOVANNI ISOLINO/AFP

A União Europeia (UE) alcançou nesta quarta-feira (5) um compromisso sobre a meta de redução de emissões de gases do efeito estufa para 2035 e 2040, após uma série de concessões para convencer os Estados reticentes, pouco antes do início da COP30 no Brasil.

Após negociações prolongadas em Bruxelas, o bloco anunciou um acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 90% até 2040, na comparação com os níveis de 1990, mas permitirá que os países descontem créditos de carbono de até 10% da meta.

Os países da UE também formalizaram uma meta intermediária de redução das emissões até 2035, que deve ser apresentada nas negociações climáticas da ONU, fixada entre 66,25% e 72,5%.

A UE é o quarto maior emissor do mundo, atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia. Mas o bloco tem sido o mais comprometido em adotar ações contra as mudanças climáticas e já reduziu suas emissões de gases do efeito estufa em 37% na comparação com os níveis de 1990.

Para convencer os membros mais céticos, como a Itália, várias medidas de “flexibilidade” foram abordadas.

Os europeus poderão comprar 5% de créditos de carbono internacionais para financiar projetos fora da Europa, um dispositivo muito criticado pelas organizações ambientalistas.

Além disso, existe a possibilidade de 5% adicionais dos créditos de carbono na próxima revisão da lei sobre o clima.

Os 27 países do bloco também apoiaram adiar por um ano, de 2027 para 2028, a extensão do mercado de carbono no transporte rodoviário e nos sistemas de climatização dos edifícios, um pedido da Hungria e da Polônia que tinha a oposição das nações da Escandinávia.

Os Estados membros também aprovaram uma cláusula para revisar a lei do clima a cada dois anos, o que permitiria ajustar a meta.

“O acordo, muito aguardado, é muito mais fraco do que dá a entender o número de 90%”, criticou Sven Harmeling, da rede de ONGs ambientais CAN Europa.

AFP

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