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Ucranianos, americanos e europeus realizam novas ‘consultas’ nesta 6ª feira nos EUA

Reunião em Miami reúne negociadores de Kiev, Washington e principais países europeus; Marco Rubio garante que nenhum acordo será imposto à Ucrânia

Redação Jornal de Brasília

19/12/2025 17h31

Foto: HANDOUT / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP

Foto: HANDOUT / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP

Ucranianos, americanos e europeus iniciam nesta sexta-feira (19), nos Estados Unidos, novas “consultas” sobre o plano de Washington para pôr fim à guerra com a Rússia, anunciou o principal negociador de Kiev.

O enviado de Donald Trump, Steve Witkoff, e o genro do presidente americano, Jared Kushner, estavam organizando as conversas em Miami com o negociador-chefe Rustem Umerov, além de representantes de Reino Unido, França e Alemanha.

A inclusão direta dos europeus constitui uma novidade em relação às reuniões anteriores, realizadas nas últimas semanas entre ucranianos e americanos em Genebra (Suíça), Miami e Berlim (Alemanha).

“Vamos começar uma nova série de consultas com a parte americana. A convite desta última, os nossos parceiros europeus também participam neste formato”, disse no X Umerov, acrescentando que a equipe ucraniana mantém “um espírito construtivo”.

Funcionários dos Estados Unidos têm viajado pelo mundo para acertar os detalhes de um plano na esperança de acabar com a maior guerra na Europa em décadas.

Há mais de um mês, os Estados Unidos propuseram um plano para encerrar a guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022. Esse texto inicial, percebido pela Ucrânia e seus parceiros europeus como amplamente favorável ao Kremlin, foi desde então revisto após as consultas com Kiev.

Os detalhes da nova versão não foram divulgados, mas, segundo o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, ela inclui concessões territoriais por parte da Ucrânia em troca de garantias de segurança ocidentais.

Em todo caso, nesta sexta-feira o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, assegurou que seu país não obrigará a Ucrânia a aceitar um acordo de paz com a Rússia.

“Essa narrativa de que estamos tentando impor algo à Ucrânia é ridícula”, disse Rubio em coletiva de imprensa. “Não podemos obrigar a Ucrânia a chegar a um acordo. Não podemos obrigar a Rússia a chegar a um acordo. Eles têm de querer chegar a um acordo.”

A reunião ocorre depois de o presidente russo Vladimir Putin afirmar, nesta sexta, que “a bola está completamente no campo” da Ucrânia e de seus aliados, já que a Rússia havia aceitado “compromissos” em seus próprios diálogos com os Estados Unidos.

Espera-se que autoridades russas — incluindo o negociador do Kremlin, Kirill Dmitriev — e americanas se reúnam separadamente na Flórida durante o fim de semana, continuando a intensa diplomacia itinerante.

Trump não esconde sua impaciência para ver aprovado o acordo entre Kiev e Moscou.

Líderes europeus decidiram, na madrugada desta sexta, emprestar 90 bilhões de euros (582 bilhões de reais) à Ucrânia entre 2026 e 2027, sem recorrer aos ativos russos que estão congelados, diante da impossibilidade de alcançar um consenso sobre essa alternativa.

AFP

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