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Trump diz que Israel perderia apoio dos EUA se anexasse a Cisjordânia

Em entrevista à revista Time, presidente americano afirma ter prometido a países árabes impedir a anexação e diz acreditar que a Arábia Saudita deve aderir aos Acordos de Abraão ainda neste ano

Redação Jornal de Brasília

23/10/2025 12h50

Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Israel perderia o apoio crucial dos EUA se anexasse a Cisjordânia ocupada, em entrevista à revista Time publicada nesta quinta-feira (23).

Os comentários de Trump, que a Time relatou terem sido feitos por telefone em 15 de outubro, foram publicados enquanto o vice-presidente, JD Vance, e o secretário de Estado, Marco Rubio, também alertam contra qualquer anexação.

“Isso não vai acontecer. Não vai acontecer porque eu dei a minha palavra aos países árabes. E eles não podem fazer isso agora. Tivemos grande apoio árabe”, respondeu Trump quando questionado sobre as consequências para Israel se anexasse a Cisjordânia. “Israel perderia todo o apoio dos Estados Unidos se isso acontecesse”, acrescentou.

Trump também disse à Time que acreditava que a Arábia Saudita se juntaria até o final do ano aos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e alguns Estados árabes.

“Eles tinham um problema com Gaza e um problema com o Irã. Agora eles não têm esses dois problemas”, disse ele sobre os sauditas.

Sobre a possível libertação do líder palestino Marwan Barghouti, condenado por Israel à prisão perpétua, afirmou que em breve “tomará uma decisão”.

Barghouti estava entre os prisioneiros palestinos que o Hamas queria libertar como parte do acordo de Gaza, mas Israel até agora rejeitou essa possibilidade.

Trump enviou um grupo de autoridades de alto escalão americanas a Israel nos últimos dias para reforçar o frágil cessar-fogo em Gaza, negociado por ele no início deste mês.

No entanto, em meio à conclusão da visita de três dias de Vance e a chegada de Rubio, o Parlamento israelense apresentou dois projetos de lei que abrem caminho para a anexação da Cisjordânia.

AFP

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