O presidente americano, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (30) que os Estados Unidos vão “monitorar”, a partir de agora, a passagem de drogas por via terrestre, após os ataques contra supostas embarcações de traficantes no Caribe.
“A Venezuela tem sido muito perigosa no que se refere a drogas e outras coisas. Vamos ver o que acontece com a Venezuela”, declarou a jornalistas antes de uma reunião incomum com a liderança das Forças Armadas nos arredores de Washington.
“Agora vamos monitorar os cartéis”, advertiu Trump. “Vamos monitorar rigorosamente os cartéis que levam [a droga] por terra”, acrescentou.
“Tínhamos muitas drogas entrando pelo mar”, explicou. Atualmente “não há mais lanchas, não há barcos de pescadores, não há nada”, afirmou.
As forças americanas destacadas no Caribe destruíram quatro embarcações que supostamente traficavam drogas.
Os dois primeiros ataques resultaram em 11 e três mortos, respectivamente, segundo os números do Pentágono.
Trump mencionou um “terceiro ataque” dias depois, do qual, ele disse, não havia imagens. Mais tarde, o Pentágono informou outro ataque, com três mortos.
Isso elevaria o saldo provisório para 17 mortos, todos traficantes de drogas, segundo os Estados Unidos.
Esses ataques representam uma grave escalada em relação aos trabalhos de apreensão de drogas e prisões tradicionalmente realizadas pela Guarda Costeira americana com a colaboração de forças da região.
Os Estados Unidos mobilizaram oito navios de guerra, com milhares de fuzileiros a bordo, além de pelo menos dez caças F-35 em Porto Rico como parte de sua operação no Caribe.
“É fabuloso o que a força pode fazer”, disse Trump aos militares.
Essa mobilização foi criticada por Caracas, que acionou seu exército e milícias populares para o caso de qualquer eventualidade.
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