O presidente Donald Trump afirmou nesta terça-feira (30) que seu governo está perto de chegar a um acordo orçamentário com Harvard, alvo principal de sua cruzada contra as universidades, pelo qual a instituição pagaria 500 milhões de dólares (cerca de 2,6 bilhões de reais).
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro, Trump acusa Harvard de ser um celeiro da ideologia “woke”, termo usado de forma pejorativa por conservadores para se referir a ideias progressistas em defesa das mulheres e das minorias.
“Estamos nos aproximando” de um acordo, disse Trump na Casa Branca. “Eles pagariam cerca de 500 milhões de dólares”, acrescentou.
O presidente também afirmou que ainda restam detalhes a serem ajustados.
Harvard não respondeu a pedidos de comentário na noite desta terça-feira.
Trump, um forte defensor de Israel, também acusa Harvard de não ter protegido adequadamente seus estudantes judeus ou israelenses durante manifestações no campus que pediam um cessar-fogo em Gaza.
Em represália, o governo retirou de Harvard pouco mais de 2,6 bilhões de dólares (cerca de 13,8 bilhões de reais) em subsídios.
No início de setembro, uma juíza de Boston ordenou a suspensão do bloqueio desses fundos, considerando que se tratava de “uma violação da Primeira Emenda da Constituição”, que garante a liberdade de expressão.
No entanto, o governo anunciou há alguns dias que havia imposto restrições adicionais para a universidade acessar determinados fundos federais.
Em julho, outra prestigiada universidade americana chegou a um acordo com a administração. Columbia aceitou pagar 221 milhões de dólares (cerca de 1,2 bilhão de reais) para encerrar as investigações abertas contra si.
Outras instituições também fizeram concessões, como a Universidade da Pensilvânia, que anunciou a proibição da participação de mulheres transgênero em competições esportivas femininas.
© Agence France-Presse