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Mundo

Trump descarta existência de bolha financeira em torno da IA

Apesar das preocupações dos mercados com valorização excessiva do setor, presidente americano projeta futuro promissor e exalta avanço tecnológico sobre a China

Redação Jornal de Brasília

07/11/2025 17h23

Foto: Reprodução/AFP

Foto: Reprodução/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desconsiderou nesta sexta-feira (7) os temores dos mercados de que a inteligência artificial esteja sobrevalorizada, e projetou um futuro promissor para o setor.

Quando um repórter da AFP lhe perguntou se estava preocupado com a possibilidade de uma bolha na IA, Trump respondeu: “Não, eu adoro a IA. Creio que vai ser muito útil. Estão acontecendo muitas coisas com ela.”

“Estamos superando a China, estamos à frente do mundo em termos de IA”, acrescentou Trump, enquanto a concorrência econômica e geopolítica impulsiona um frenesi de investimentos no setor.

Nos últimos dias, a Bolsa de Valores de Nova York mostrou sinais de enfraquecimento, cautelosa diante das valorizações vertiginosas das gigantes do setor tecnológico e da IA em particular.

Os especialistas estão preocupados porque algumas capitalizações subiram rápido, e crescem os temores sobre a capacidade das gigantes tecnológicas para absorver os custos colossais da corrida pela IA.

Consultado pela AFP, Arnaud Morvillez, da Uzes Gestion, “alguns segmentos do mercado viram-se muito valorizados, especialmente em torno da IA; é necessário que desinflem, que os investidores realizem alguns lucros para começar de novo sobre bases sólidas”.

“O mercado está tentando atualmente determinar se esta perda de dinamismo é uma simples consolidação relacionada com a realização de lucros ou o início de uma correção mais importante relacionada com a valorização” de alguns grupos, destaca Patrick O’Hare, analista do site Briefing.com.

Lionel Melka, sócio da Swan Capital, se pergunta se não se chegou a “um ponto de inflexão”.

Estima-se que os gastos em IA alcançarão em torno de 1,5 bilhão de dólares (R$ 8 bilhões) no mundo em 2025, segundo a consultoria americana Gartner, e mais de 2 bilhões (R$ 10,7 bilhões) em 2026, o que representaria cerca de 2% do PIB mundial.

AFP

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