O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desconsiderou nesta sexta-feira (7) os temores dos mercados de que a inteligência artificial esteja sobrevalorizada, e projetou um futuro promissor para o setor.
Quando um repórter da AFP lhe perguntou se estava preocupado com a possibilidade de uma bolha na IA, Trump respondeu: “Não, eu adoro a IA. Creio que vai ser muito útil. Estão acontecendo muitas coisas com ela.”
“Estamos superando a China, estamos à frente do mundo em termos de IA”, acrescentou Trump, enquanto a concorrência econômica e geopolítica impulsiona um frenesi de investimentos no setor.
Nos últimos dias, a Bolsa de Valores de Nova York mostrou sinais de enfraquecimento, cautelosa diante das valorizações vertiginosas das gigantes do setor tecnológico e da IA em particular.
Os especialistas estão preocupados porque algumas capitalizações subiram rápido, e crescem os temores sobre a capacidade das gigantes tecnológicas para absorver os custos colossais da corrida pela IA.
Consultado pela AFP, Arnaud Morvillez, da Uzes Gestion, “alguns segmentos do mercado viram-se muito valorizados, especialmente em torno da IA; é necessário que desinflem, que os investidores realizem alguns lucros para começar de novo sobre bases sólidas”.
“O mercado está tentando atualmente determinar se esta perda de dinamismo é uma simples consolidação relacionada com a realização de lucros ou o início de uma correção mais importante relacionada com a valorização” de alguns grupos, destaca Patrick O’Hare, analista do site Briefing.com.
Lionel Melka, sócio da Swan Capital, se pergunta se não se chegou a “um ponto de inflexão”.
Estima-se que os gastos em IA alcançarão em torno de 1,5 bilhão de dólares (R$ 8 bilhões) no mundo em 2025, segundo a consultoria americana Gartner, e mais de 2 bilhões (R$ 10,7 bilhões) em 2026, o que representaria cerca de 2% do PIB mundial.
AFP