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Trinta petroleiros da frota fantasma russa são identificados no Golfo da Finlândia

Navios antigos usados para burlar sanções e exportar petróleo voltam a operar em níveis pré-guerra; autoridades alertam para riscos ambientais e reforço de inspeções pela UE

Redação Jornal de Brasília

27/10/2025 12h39

Foto: AFP

Foto: AFP

Cerca de 30 petroleiros da “frota fantasma” russa, um conjunto de navios antigos que permitem à Rússia burlar as sanções ocidentais, foram identificados em uma semana no Golfo da Finlândia, noticiou a televisão pública finlandesa Yle nesta segunda-feira (27).

No decorrer de uma semana em outubro, a emissora finlandesa identificou 31 embarcações que constavam na lista de sanções da União Europeia (UE) e que pertenciam à frota fantasma de Moscou neste estreito corredor do Mar Báltico.

Esses navios de propriedade duvidosa são usados pela Rússia para continuar exportando petróleo, apesar das sanções ocidentais impostas desde a invasão da Ucrânia.

“Os carregamentos russos no golfo da Finlândia estão nos níveis anteriores à guerra, o que significa que grande parte desse tráfego é realizado pela frota fantasma”, declarou à AFP Mikko Hirvi, encarregado da segurança marítima da guarda fronteiriça finlandesa, que não se surpreendeu com a presença dessas embarcações.

Na semana passada, a UE adicionou mais 100 petroleiros à sua lista no âmbito de um novo pacote de sanções, que proíbe esses navios de acessarem portos e receberem serviços dentro do bloco.

A comunidade europeia também pretende reforçar a capacidade de seus Estados-membros para inspecionar esses navios.

Além do petróleo bruto, essas embarcações transportam produtos refinados como gasolina e diesel, e prestam serviço principalmente aos portos bálticos russos de Ust-Luga e Primorsk.

Segundo especialistas, esses navios antigos constituem “uma bomba-relógio para o meio ambiente”. De fato, apenas seis dos navios identificados pela emissora Yle têm menos de 15 anos.

Um possível vazamento de petróleo “poderia acarretar custos muito elevados” para a Finlândia, estimou Hirvi.

AFP

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