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Três mortos em explosão em Abu Dhabi ‘provavelmente’ provocada por drones

Um “incêndio menor” também foi registrado na “nova área de construção do Aeroporto Internacional de Abu Dhabi”, sem que as autoridades tenham reportado vítimas

Redação Jornal de Brasília

17/01/2022 10h50

Uma explosão de caminhões-tanque matou três pessoas em Abu Dhabi nesta segunda-feira (17), informou a polícia da capital dos Emirados, enquanto os rebeldes houthis iemenitas anunciaram uma “grande operação militar” nos Emirados Árabes Unidos.

A explosão dos três caminhões-tanque ocorreu “perto dos tanques de armazenamento da ADNOC”, a companhia petrolífera de Abu Dhabi, e resultou na morte de um paquistanês e de dois indianos, segundo a agência oficial WAM, que também informou sobre “seis feridos”.

Um “incêndio menor” também foi registrado na “nova área de construção do Aeroporto Internacional de Abu Dhabi”, sem que as autoridades tenham reportado vítimas. 

Enquanto isso, os rebeldes houthis do Iêmen disseram que fariam um “anúncio importante” nas próximas horas sobre uma “grande operação militar nos Emirados Árabes Unidos”, de acordo com um tuíte de sua porta-voz militar, Yahya Saree.

A explosão e o incêndio foram “provavelmente” causados por “drones”, informou a WAM, citando a polícia de Abu Dhabi, que iniciou uma “extensa investigação”. 

Os Emirados são membros da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita que opera no Iêmen desde 2015 para apoiar as forças do governo contra os houthis, insurgentes apoiados pelo Irã.

Depois de um primeiro afastamento, recentemente retornaram ao campo no Iêmen, apoiando notavelmente a brigada “Gigantes” que “libertou” territórios tomados pelos rebeldes.

O conflito no Iêmen se intensificou nas últimas semanas com um aumento nos ataques da coalizão e ofensivas terrestres das forças que apoiam.

Por sua vez, os rebeldes aumentaram os ataques com mísseis e drones contra o território saudita.

“Drones lançados de Sanaa”

Apresentando-se como um refúgio de paz na conturbada região do Oriente Médio, os Emirados nunca haviam sido vítimas de um ataque dos houthis. 

A coalizão disse nesta segunda-feira que notou um aumento de “drones carregados com bombas lançados pelos houthis do Aeroporto Internacional de Sanaa”, segundo a agência oficial de imprensa saudita SPA.

Desde que tomaram a capital Sanaa em 2014, os rebeldes conseguiram tomar grandes áreas do território iemenita, principalmente no norte.

A intervenção dos Emirados Árabes Unidos havia até recentemente se concentrado no sul do Iêmen.

Em 3 de janeiro, os rebeldes apreenderam o barco “Rwabee” com bandeira dos Emirados, no porto de Hodeida, no oeste do Iêmen, alegando que transportava equipamento militar. 

Abu Dhabi, que garante que o barco transportava equipamentos para um hospital iemenita, denunciou uma “escalada perigosa” no Mar Vermelho. 

Esse ato de “pirataria”, segundo a coalizão, ocorreu quando a brigada “Gigantes” enfrentava os rebeldes na região de Chabwa. 

Na semana passada, essas forças permitiram que o governo retomasse essa província rica em petróleo depois de duros combates contra os houthis.

O Irã, que mantém relações difíceis com os Emirados, é o único país que apoia abertamente os rebeldes, mas nega o fornecimento de armas, o que a Arábia Saudita e os Estados Unidos acusam.

© Agence France-Presse

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