“Reconheço minha responsabilidade nos crimes cometidos (…). Eu gostaria de expressar meu arrependimento”, disse o ex-diretor da prisão Tuol Sleng, de Phnom Penh.
Por esse centro de detenção passaram cerca de 14 mil pessoas que foram interrogadas, torturadas e executadas entre os muros do recinto ou no campo de extermínio de Choeung Ek, a cerca de 15 quilômetros da capital.
“Espero que me permitam pedir perdão aos sobreviventes do regime e aos parentes queridos daqueles que morreram brutalmente”, assegurou Duch, no segundo dia de seu comparecimento perante a corte.
Duch é o membro do Khmer Vermelho de menor categoria julgado neste tribunal e o único dos cinco acusados que reconheceu sua participação nos crimes.
O responsável pela prisão de Tuol Sleng, também conhecida como S-21, dirigiu as penitenciárias de M-13 e M-99, situadas na selva do noroeste do Camboja e afastadas da frente de combate.
Os investigadores acreditam que cerca de 20 mil cambojanos morreram nessas duas prisões.