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Suspeito de ataque em mercado de Natal na Alemanha tem opiniões ‘islamofóbicas’ e de extrema direita’

Segundo a justiça, o homem, atualmente em prisão preventiva, parece ter agido para denunciar a falta de apoio das autoridades alemãs encarregadas de conceder asilo para os refugiados sauditas

Redação Jornal de Brasília

16/01/2025 16h25

germany attack christmas market

Equipes de resgate andam na rua depois que um carro colidiu com uma multidão em um mercado de Natal, ferindo mais de 60 pessoas em 20 de dezembro de 2024 em Magdeburg, leste da Alemanha. O número de mortos no ataque ao mercado de Magdeburg aumentou para dois, de acordo com o premiê estadual. (Foto de Ronny HARTMANN / AFP)

O suspeito pelo ataque a um mercado de Natal em Magdeburgo, na Alemanha, no final de dezembro, é um homem “mentalmente perturbado”, com uma “islamofobia marcante” e influenciado por “ideologias de extrema direita”, destacou na quinta-feira (16) a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser.

Seus distúrbios de comportamento haviam sido objeto de “105 relatórios” por parte das autoridades regionais e federais, mas esses “indícios […] não estavam disponíveis de forma centralizada em nenhum lugar”, indicou também Faeser.

Em 20 de dezembro, Taleb Jawad al Abdulmohsen, um médico saudita de 50 anos, atropelou com um veículo a multidão em um mercado de Natal de Magdeburgo, no centro do país, deixando seis mortos e cerca de 300 feridos, antes de ser detido pela polícia.

Em uma declaração à imprensa, Faeser disse que o suspeito tem um perfil “mentalmente perturbado”, “imerso em teorias conspiratórias confusas”, e mostra “uma islamofobia marcante e uma proximidade com as ideologias de extrema direita”.

Embora não se trate “oficialmente de um ataque terrorista”, a investigação também revelou um “ódio dirigido tanto contra o Estado alemão quanto contra os indivíduos”.

Segundo a justiça, o homem, atualmente em prisão preventiva, parece ter agido para denunciar a falta de apoio das autoridades alemãs encarregadas de conceder asilo para os refugiados sauditas que, a exemplo dele, haviam se distanciado de seu país natal.

© Agence France-Presse

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