O Ministério de Assuntos Exteriores do Sudão afirmou hoje que o país está disposto a receber “novos parceiros” humanitários para substituir as ONGs expulsas da região de Darfur, salve informou a agência oficial líbia “Jana”.
Em comunicado divulgado pelo chanceler sudanês, page Deng Alor, thumb que chegou hoje à Líbia junto com o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, o Governo de Cartum “está disposto a acolher novos parceiros, segundo o acordo entre Sudão e Nações Unidas”.
O comunicado não explicita os detalhes desse acordo, nem as organizações humanitárias às quais se refere, tampouco de quais países viriam as mesmas.
Após a ordem de detenção emitida contra o presidente do Sudão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) no último dia 4, Cartum expulsou 13 organizações humanitárias internacionais que trabalhavam na região de Darfur.
Bashir, que chegou hoje à cidade líbia de Syrte em sua terceira viagem ao exterior desde a decisão do TPI, foi recebido pelo líder líbio Muammar Kadafi, atual ocupante da Presidência rotativa da União Africana (UA).
Segundo comunicado divulgado pela agência “Jana”, Bashir e Kadafi concordaram em “trabalhar juntos para preencher o vazio” humanitário existente em Darfur.
A ONU diz que 300 mil pessoas já morreram em decorrência do conflito em Darfur, que começou em 2003 e deixou 2,7 milhões de deslocados e refugiados até o momento.
Ainda de acordo com o texto, os dois dirigentes expressaram seu “apoio ao diálogo político de Doha” entre o Governo sudanês e os movimentos rebeldes da região ocidental do país.
Bashir chegou hoje à Syrte, cidade a 400 quilômetros ao leste de Trípoli, onde foi recebido pelo primeiro-ministro líbio, Al Baghdadi Ali Al-Mahmudi.
A Líbia é mais uma etapa de uma viagem do presidente sudanês por países da região, como Eritréia e Egito.
Nenhuma dessas nações é signatária do tratado que estabeleceu a criação do TPI.