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Mundo

Sobe para 27 o número de mortos na crise pós-eleitoral na Venezuela

Trata-se de “dois motorizados”, cujas mortes estão sob investigação do Ministério Público, disse Saab à televisão estatal, sem dar mais detalhes

Redação Jornal de Brasília

22/08/2024 15h22

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Um manifestante atira uma pedra a policiais durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, em 29 de julho de 2024, um dia após as eleições presidenciais venezuelanas. Os protestos eclodiram na segunda-feira em partes de Caracas contra a vitória reeleitora reivindicada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mas contestada pela oposição e questionada internacionalmente, observaram jornalistas da AFP. (Foto de RAUL ARBOLEDA/AFP)

O procurador-geral Tarek William Saab anunciou, nesta quinta-feira (22), que foram registradas duas novas mortes relacionadas com fatos violentos na Venezuela, elevando o total de óbitos a 27 desde as eleições disputadas em que o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor , em meio a denúncias de fraude por parte da oposição.

Trata-se de “dois motorizados”, cujas mortes estão sob investigação do Ministério Público, disse Saab à televisão estatal, sem dar mais detalhes.

Nos dias anteriores, o procurador foi responsabilizado pela oposição por estas mortes, a maioria ocorrida nos protestos desencadeados contra a reeleição de Maduro em 28 de julho, que também deixou quase 200 feridos e mais de 2.400 detidos, chamados de “terroristas” pelo governo.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Maduro como vencedor do pleito, com 52% dos votos contra 43% para seu principal rival, Edmundo González Urrutia, sem apresentar os detalhes do escrutínio, alegando que o sistema de votação foi hackeado.

A oposição, porém, denunciou fraude e afirmou ter provas que comprovaram sua vitória.

Os questionamentos levaram Maduro ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), pró-governo, para resolver as denúncias. O tribunal superior respondeu nesta quinta-feira validando sua reeleição para um terceiro mandato de seis anos, até 2031.

Maduro denuncia González Urrutia e a líder da oposição María Corina Machado como arquitetos de uma tentativa de golpe de Estado e solicita a prisão de ambos, apesar de não existirem um mandato de prisão.

O Ministério Público está pronto para “avançar, aprofundar estas investigações”, declarou Saab nesta quinta-feira.

© Agence France-Presse

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