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Sindicatos da Venezuela denunciam ‘detenção ilegal’ de mais de 180 trabalhadores

Os representantes de 33 sindicatos recorrerão à Organização Internacional do Trabalho (OIT) para solicitar proteção de seus direitos, informaram em entrevista coletiva.

Redação Jornal de Brasília

12/12/2025 18h09

Foto: Agência Brasil

Diversos sindicatos venezuelanos denunciaram, nesta sexta-feira (12), a “detenção ilegal” e “desaparecimento forçado” de 160 trabalhadores e 20 dirigentes sindicais nos últimos anos, entre eles o do secretário-geral da maior central operária do país, José Elías Torres.

Defensores dos direitos humanos alertam para um padrão contínuo de detenções “arbitrárias” na Venezuela. Segundo dados da ONG Foro Penal, há 889 “presos políticos”, enquanto uma missão de especialistas da ONU advertiu, em setembro, que nos últimos meses se intensificou a perseguição por motivos políticos no país.

Os representantes de 33 sindicatos recorrerão à Organização Internacional do Trabalho (OIT) para solicitar proteção de seus direitos, informaram em entrevista coletiva.

Torres, líder da Confederação de Trabalhadores da Venezuela (CTV), foi detido em 29 de novembro pela Polícia Nacional Bolivariana em sua casa em Caracas e, desde então, seu local de detenção é desconhecido, segundo os sindicalistas.

“O encarceramento de José Elías Torres não é um fato isolado, é parte de uma ofensiva que mantém dirigentes sindicais e trabalhadores atrás das grades sob processos judiciais”, disse o dirigente sindical Pedro Eusse.

A perseguição “busca desarticular o movimento sindical, semear medo e quebrar a organização democrática dos trabalhadores”, acrescentou.

A OIT publicou em 2019 um relatório sobre a violação de convenções assinadas pela Venezuela, uma delas relacionada a restrições à liberdade sindical.

As 33 organizações sindicais concordaram em lutar “pela defesa da autonomia sindical e pela liberdade plena para todos os presos do movimento sindical”, e convocaram um protesto nacional em 15 de janeiro.

© Agence France-Presse

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