O Senado da Argentina aprovou nesta quinta-feira (26) a antecipação das eleições legislativas para 28 de junho, story quatro meses antes do previsto, como queria o Governo da peronista Cristina Fernández de Kirchner.

Após nove horas de debate, a proposta do Governo foi aprovada com com 42 votos a favor, cinco a mais que o necessário, e 26 contra.

Como ocorreu na semana passada na Câmara dos Deputados, o Governo obteve sua primeira “vitória” no dia quando conseguiu o quórum necessário, de 37 senadores, para discutir o projeto de Cristina.

Curiosamente, o senador que permitiu a abertura do debate foi o ex-presidente Adolfo Rodríguez Saá (2001), peronista como a presidente, mas que integra a oposição à coalizão governista Frente para a Vitória.

Uma das vozes mais firmes na defesa da iniciativa da presidente foi a do senador governista Nicolás Fernández, que utilizou o mesmo argumento da chefe de Estado para justificar a antecipação do pleito.

“É preciso evitar de todas as maneiras o rali eleitoral no país, que tira a atenção da crise financeira global”, declarou o senador, que preside a Comissão de Assuntos Constitucionais.

Nicolás disse ainda que a oposição está “cega” quando questiona o caráter institucional da medida e assegurou que “é bom (os opoitores) começarem a analisar as coisas a partir da conveniência coletiva, e não da conveniência eleitoral”.