Um ataque armado durante uma partida de futebol de bairro deixou seis mortos e 17 feridos no sudoeste do Equador, um país assolado pela violência do crime organizado, informou, nesta segunda-feira (13), a Polícia.
A instituição reportou que duas pessoas que morreram tinham antecedentes criminais e atribuiu o ataque a uma disputa territorial para o tráfico local de drogas.
Ponto estratégico para a distribuição de cocaína que viaja rumo aos Estados Unidos e Europa, o Equador é um centro de operações de aproximadamente 20 gangues dedicadas ao assassinato por encomenda, extorsão e sequestro. Algumas estão associadas a cartéis mexicanos, colombianos e albaneses.
O ataque de domingo (12) ocorreu por volta das 23h00 locais (1h00 no horário de Brasília). “Entre seis e sete pessoas” desceram de quatro motos e duas caminhonetes e “realizaram os disparos”, destacou o coronel da Polícia, Carlos Fuentes, à imprensa.
Os policiais recolheram pelo menos 85 evidências balísticas que correspondem a pistolas e fuzis.
De acordo com fontes, os supostos responsáveis são da gangue Freddy Kruger. Há dois detidos.
Após o ataque, duas pessoas morreram no local e outras quatro foram declaradas mortas no hospital.
Os feridos apresentam balas em suas pernas, costelas e tornozelos. Neste grupo, há três menores de idade que assistiam à partida de futebol.
No domingo, o Equador encerrou um feriado de quatro dias, com outros episódios de violência. Na localidade de Playas, a uma hora e meia de Guayaquil, uma festa de 15 anos foi alvo de um ataque que deixou cinco mortos, segundo reportagens da imprensa.
Apesar da política de mão dura contra o crime do presidente Daniel Noboa, o Equador registrou, no primeiro semestre do ano, mais de 4.600 homicídios.
Segundo o Observatório Equatoriano do Crime Organizado, o número representa um aumento de 47% em relação ao mesmo período de 2024.
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