“Peço às autoridades sudanesas que revoguem essa decisão que afeta mais de 1 milhão de pessoas”, disse Ban aos líderes dos países da Liga Árabe reunidos em Doha hoje e amanhã na cúpula desse organismo.
Além disso, Ban pediu que os Estados presentes na reunião, entre eles o Sudão, superem as tensões relacionadas à decisão do tribunal internacional, anunciada em 4 de março e vinculada ao papel de Bashir no conflito em Darfur.
O secretário-geral destacou que os esforços dos ministérios sudaneses, da ONU e das ONG que permanecem em Darfur não bastam para combater a situação de crise humana na região sudanesa.
Nesse sentido, lembrou que o Conselho de Segurança da ONU aprovou na quinta-feira passada uma declaração reivindicando que Cartum reconsidere sua decisão de expulsar as ONGs.
Apesar das especulações de Ban pudesse não ir à cúpula árabe devido à presença de Bashir, o secretário-geral compareceu, em um dos momentos mais esperados da reunião.
Ban também pediu que continuem as conversas de paz entre o Governo de Cartum e o rebelde Movimento pela Justiça e Igualdade (MJI), que começaram em fevereiro, em Doha.
O conflito em Darfur causou de 2003 até o momento mais de 300 mil mortes e deixou cerca de 2,5 milhões de deslocados.