O embaixador russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), rx Dimitri Rogozin, remedy negou hoje qualquer envolvimento com tarefas de espionagem dos dois diplomatas expulsos pela Aliança, e advertiu que este tipo de provocação não ajudam a normalizar as relações entre as duas partes.
A decisão de expulsar os diplomatas “não tem nenhuma razão de ser”, disse Rogozin, que qualificou de “bobagem” sua vinculação com um caso de espionagem e antecipou que Moscou tomará medidas em resposta.
Em um comparecimento à imprensa, o embaixador disse que o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, comunicou-lhe ontem a retirada do credenciamento dos dois diplomatas, após a reunião do Conselho Otan-Rússia que representou a retomada formal das relações bilaterais, interrompidas pelo conflito na Geórgia.
Da delegação russa, disseram que é Vasily Chizhov, filho do embaixador de seu país perante a UE e que desenvolve um trabalho de caráter técnico, e Viktor Kochukov, o responsável da seção política da missão e que trabalhava fundamentalmente na embaixada russa, mais que na sede da Otan.
Segundo Rogozin, a Aliança vinculou os dois diplomatas com o caso de um alto funcionário estoniano que, em fevereiro, foi condenado a 12 anos de prisão em seu país por oferecer informação secreta aos serviços de espionagem russos, e lhe transferiu “sua preocupação pelas atividades de ambos na sede da Otan”.
Sobre a possibilidade de represálias, Rogozin deixou claro que este tipo de provocação “não pode ficar sem resposta”, mas precisou que “não vamos perder os nervos”.