A Justiça russa condenou o pesquisador francês Laurent Vinatier a três anos de prisão nesta segunda-feira (14). Ele está preso desde junho, acusado de não se registrar como “agente estrangeiro”.
O tribunal decidiu “considerar Vinatier suspeito” e “condená-lo a uma pena de prisão de três anos”, anunciou a juíza Natalia Cheprasova, segunda jornalista da AFP presente na sala de audiência.
O promotor solicita três anos e três meses de prisão contra o pesquisador especializado nos territórios da antiga União Soviética.
As autoridades russas acusaram Vinatier de descumprir as obrigações de registro, enquanto coletavam “informações relacionadas às atividades militares” que poderiam ser “utilizadas contra a segurança” da Rússia.
Após a sentença, a França apelou à libertação imediata de Vinatier e garantiu que “a legislação sobre ‘agentes estrangeiros’ contribui para uma violação sistemática das liberdades fundamentais na Rússia, como a liberdade de associação, a liberdade de opinião e a liberdade de expressão”, disse Christophe Lemoine, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França.
Nos últimos anos, vários ocidentais, especialmente americanos, foram presos na Rússia e acusados de crimes graves, o que Washington vê como uma estratégia para obter a libertação de russos detidos no exterior.
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