A Rússia está concedendo perdão a presidiários condenados em troca da participação deles na guerra contra a Ucrânia. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (27) pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva, segundo informaram agências de notícias locais.
Peskov afirmou que a anistia acontece com base nas leis russas, que estabelecem, em sua Constituição, que o direito de perdoar os condenados e quem cumpre sentenças de tribunais estrangeiros cabe ao presidente da Rússia.
Essa é a primeira vez que o governo russo admite a participação de condenados nas ações de guerra. Agências de notícias internacionais afirmam ainda que esses presidiários estariam sendo recrutados pelo Grupo Wagner, um grupo de mercenários ligados à Rússia.
VOLUNTÁRIOS E VIOLENTOS
Esse grupo, que é conhecido por suas práticas brutais, surgiu em 2014 e uma das suas primeiras missões teria sido apoiar as forças separatistas a tomar a península da Crimeia.
No início do mês, o Ministério da Defesa da Rússia conferiu o sucesso da retomada da cidade de Soledar, na República Popular de Donetsk (RPD), à atuação do grupo.
“Ações corajosas e altruístas dos voluntários dos esquadrões de assalto [do Grupo] Wagner”, teria informado a Defesa do país, segundo destacaram canais de notícias internacionais.