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Rubio garante que Trump fala sério quando diz querer comprar Groenlândia

Em uma entrevista à SiriusXM Radio, Rubio minimizou a ameaça de que os EUA usariam sua força militar contra a Dinamarca, aliada da Otan, mas foi claro sobre os comentários de Trump

Redação Jornal de Brasília

30/01/2025 18h17

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O senador americano Marco Rubio, republicano da Flórida, discursa no comício de campanha do ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump em Reading, Pensilvânia, em 4 de novembro de 2024. (Foto de Ed JONES / AFP)

Quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diz querer comprar a Groenlândia, “não é piada”, declarou o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, nesta quinta-feira (30), após a Dinamarca expressar sua preocupação com as ameaças do republicano.

Em uma entrevista à SiriusXM Radio, Rubio minimizou a ameaça de que os EUA usariam sua força militar contra a Dinamarca, aliada da Otan, mas foi claro sobre os comentários de Trump.

“Isto não é uma piada (…) o presidente Trump já expôs o que pretende fazer, que é comprá-la”, disse. “Não se trata de adquirir terras pelo simples fato de adquirir terras. Isto é de nosso interesse nacional e precisa ser resolvido”, acrescentou.

Sobre as garantias da Otan à Dinamarca, afirmou que os EUA possuem um “acordo de defesa com eles para proteger a Groenlândia se ela for atacada”.

“Se já somos obrigados a fazer isso, então poderíamos ter mais controle sobre o que acontece lá”, considerou.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, reuniu aliados europeus diante das ameaças de Trump, com quem ela teria tido uma conversa telefônica tensa.

O secretário de Estado afirmou que não estava presente durante a ligação com Frederiksen, mas reconheceu que o magnata republicano “fala direta e francamente com as pessoas”.

“Em última instância, acredito que a diplomacia, em muitos casos, funciona melhor quando você é direto em vez de usar (…) uma linguagem que não leva a nada”, opinou Rubio.

O chefe da diplomacia americana expressou sua preocupação de que a China, que busca ter acesso ao Ártico, ganhe terreno na Groenlândia por meio de empresas estatais.

“É completamente realista acreditar que os chineses eventualmente, talvez até mesmo em curto prazo, tentarão fazer na Groenlândia o que fizeram no Canal do Panamá e em outros lugares”, afirmou.

© Agence France-Presse

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