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Rubio: EUA cancelou vistos de mais de 300 ‘lunáticos’ por protestos contra Israel

Desde que o presidente Donald Trump voltou à Casa Branca, em 20 de janeiro, Rubio tem tomado medidas agressivas contra estudantes que lideram protestos contra Israel nos campi por causa da guerra em Gaza

Redação Jornal de Brasília

27/03/2025 18h25

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Foto: AFP

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, informou, nesta quinta-feira (27), que cancelou os vistos de mais de 300 manifestantes, aos quais chamou de “lunáticos”, em uma ofensiva contra o ativismo anti-israelense nos campi universitários americanos.

Consultado durante uma visita à Guiana sobre informações de cancelamento de vistos, Rubio respondeu: “são talvez mais de 300 neste momento. Nós o fazemos diariamente, cada vez que encontro um desses lunáticos”.

“Espero que em algum momento acabem porque nos livramos de um monte deles”, prosseguiu.

Desde que o presidente Donald Trump voltou à Casa Branca, em 20 de janeiro, Rubio tem tomado medidas agressivas contra estudantes que lideram protestos contra Israel nos campi por causa da guerra em Gaza.

O caso de maior repercussão foi o de Mahmud Khalil, líder dos protestos na Universidade de Columbia, em Nova York, preso e trasladado para a Louisiana para dar início a seu processo de deportação, apesar de ele ser residente permanente nos Estados Unidos.

Rubio foi perguntado sobre um novo caso na Universidade Tufts, em Massachusetts, onde agentes de imigração detiveram a estudante de doutorado turca Rumeysa Ozturk, que escreveu um artigo de opinião em um jornal universitário exigindo que a instituição admitisse um “genocídio” contra os palestinos.

“Se nos diz que a razão pela qual vem ao Estados Unidos não é só porque quer escrever artigos de opinião, mas porque quer participar de movimentos que se dedicam a vandalizar universidades, assediar estudantes, ocupar edifícios e criar alvoroço, não lhe daremos um visto”, disse o secretário de Estado americano, evitando se referir diretamente a Ozturk.

“Se mente, consegue um visto e depois entra nos Estados Unidos e com esse visto participa deste tipo de atividade, vamos tirar seu visto”, sentenciou.

A congressista democrata Ayanna Pressley, membro da Câmara de Representantes por Massachusetts, acusou o governo Trump de “sequestrar estudantes com status legal”.

“Esta é uma violação terrível dos direitos constitucionais de Rumeysa ao devido processo e à liberdade de expressão. Deve ser liberada de imediato”, disse Pressley em um comunicado.

O governo Trump afirma que a proteção constitucional americana à liberdade de expressão não se aplica a cidadãos estrangeiros e acusa estudantes ativistas de criarem um ambiente perigoso para os estudantes judeus.

© Agence France-Presse

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