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Reta final entre Kamala e Trump, empatados nas pesquisas

O campo democrata elevou o tom das críticas contra o ex-presidente e candidato republicano, a quem acusa de comportamento errático

Redação Jornal de Brasília

21/10/2024 17h13

kamala harris donald trump

Foto: AFP

Missão: desempatar as pesquisas a duas semanas das eleições. Nesta segunda-feira (21), Kamala Harris corteja os republicanos moderados no “cinturão da ferrugem” (“rust belt”, em inglês) e Donald Trump, os indecisos em áreas devastadas pelo furacão Helene na Carolina do Norte.

A vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca passará pela Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, no leste do país, acompanhada pela ex-congressista republicana Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney (2001-2009) e adversária ferrenha de Trunfo.

Nestas eleições “temos a oportunidade de dizer” que “vamos rejeitar a crueldade”, “a crítica vil e odiosa” e “a misoginia que vimos em Donald Trump e JD Vance”, seu companheiro de chapa, afirmou Cheney em um ato eleitoral na Pensilvânia.

O campo democrata elevou o tom das críticas contra o ex-presidente e candidato republicano, a quem acusa de comportamento errático.

No último fim de semana, o bilionário deixou muitas pessoas boquiabertas com seus comentários grosseiros, como quando apresentou o órgão sexual “incrível” do finado golfista Arnold Palmer e chamou Kamala Harris de “vice-presidente de merda”.

Depois de tentar seduzir os trabalhadores no sábado e fritar batatas em um McDonald’s no domingo, a magnata de 78 anos bateu nesta segunda-feira para a Carolina do Norte.

Neste estado devastado pela passagem do furacão Helene, Trump repetiu teorias conspiratórias que acusam o governo do presidente Joe Biden e a Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) de redirecionarem os fundos para desastres para trazer migrantes ilegais e traficantes os votos nós democratas.

“Acredito que é uma vergonha o que aconteceu com a Fema, o que aconteceu com seu esforço de resgate. Seu esforço de resgate foi quase inexistente”, disse Trump, ao lado de autoridades locais que não o contradisseram.

– ‘Uma ameaça’ –

Ele voltou a atacar Kamala Harris. “Não acho que ela esteja comprometida para concorrer. Acredito que é uma ameaça para nossa democracia”, afirmou.

E Kamala não deixou barato: “É um homem um pouco sério, mas as consequências caso ele se torne presidente dos Estados Unidos são brutalmente sérias. Há coisas que ele diz que serão objeto de programas de comédia, risos e piadas, mas as palavras têm significado “, disse ela na Pensilvânia.

Segundo dados publicados nesta segunda, a equipe de campanha de Kamala gastou 270 milhões de dólares (R$ 1,5 bilhão) em setembro, contra US$ 78 milhões de Trump (R$ 445 milhões).

O vice-presidente, que fez 60 anos no domingo, arrecadou mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) desde que entrou na campanha em julho, após a desistência do presidente Biden, algo nunca visto para um trimestre, segundo ou New York Times.

Contudo, ao se olhar as pesquisas, esta vantagem financeira não se traduz em capital eleitoral.

As últimas pesquisas para as eleições presidenciais nos sete estados-pêndulo — Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Carolina do Norte, Arizona, Nevada e Geórgia — publicadas nesta segunda-feira pelo New York Times continuam diminuindo uma disputa ombro a ombro entre os dois adversários.

O mesmo resultado de outro levantamento realizado pelo Washington Post: 47% têm intenção de votar em Kamala e 47%, em Trump.

© Agence France-Presse

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