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República Dominicana intercepta suposta ‘narcolancha’ em meio a operação militar dos EUA

Ação ocorre durante mobilização americana na região; Washington alega combate ao narcotráfico, enquanto Venezuela e Colômbia denunciam ameaça à estabilidade regional

Redação Jornal de Brasília

30/10/2025 18h14

Foto: AFP/Erika Santelices

Foto: AFP/Erika Santelices

Autoridades da República Dominicana detiveram na quinta-feira (30) uma embarcação que chegou ao país com 650 pacotes de suposta cocaína durante uma operação que coincide com a mobilização militar dos Estados Unidos na região, informaram as autoridades em comunicado.

Donald Trump afirmou na terça-feira que já não havia tráfico marítimo no Caribe graças ao envio de navios de guerra e aviões de combate americanos. “Os barcos com drogas já não estão vindo, não conseguimos encontrar nenhum”, disse.

Forças americanas reportaram a destruição de pelo menos 14 embarcações supostamente usadas para o tráfico de drogas desde 2 de setembro, com um saldo de pelo menos 62 mortos. Especialistas questionam a legalidade desses ataques ao considerá-los execuções extrajudiciais.

A lancha supostamente chegou a Baní, no sul da República Dominicana, “procedente da América do Sul”. Dois dominicanos foram presos, informou a direção antidrogas do país caribenho em comunicado, sem detalhar o peso da droga confiscada.

A Direção Nacional de Controle de Drogas da República Dominicana afirma que este “golpe às estruturas criminosas” destaca o seu compromisso de “negar o uso de suas águas jurisdicionais às redes de narcotráfico nacional e internacional”.

A operação militar dos Estados Unidos no Caribe busca conter o narcotráfico supostamente proveniente da Venezuela e da Colômbia. Ambos os países questionam o destacamento de forças de Washington ao o considerarem uma ameaça à paz na região.

O porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior e mais avançado de toda a frota americana, se juntará às manobras no Caribe.

A Venezuela assegura que seu território está livre do tráfico de drogas e vê a mobilização militar americana como uma “ameaça” que busca gerar uma “mudança de regime”.

AFP

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