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Quatro búlgaros condenados à prisão por pintar mãos vermelhas no Memorial do Holocausto em Paris

Todos também receberam a proibição definitiva de entrar em território francês.

Redação Jornal de Brasília

31/10/2025 18h32

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Foto por ANTONIN UTZ / AFP

Quatro búlgaros foram condenados nesta sexta-feira (31) a penas de dois a quatro anos de prisão por terem pintado, no ano passado, “mãos vermelhas” no Memorial do Holocausto de Paris, em meio a suspeitas de ingerência estrangeira.

O tribunal correcional de Paris impôs dois anos de prisão a Georgi Filipov e Kiril Milushev, apresentados como autores materiais, e quatro anos a Nikolay Ivanov e três a Mircho Angelov — atualmente foragido —, considerados os “mentores” da operação.

Todos também receberam a proibição definitiva de entrar em território francês.

Cerca de 35 mãos vermelhas foram pintadas em 14 de maio de 2024 no chamado Muro dos Justos, localizado em frente ao memorial, que exibe placas com os nomes de 3.900 homens e mulheres que ajudaram a salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

O local, que tem como objetivo ser um espaço de arquivo, educação e reflexão, é “o único monumento dedicado aos judeus da França”, ressaltou na quinta-feira seu diretor, Jacques Fredj.

A investigação sobre o incidente revelou uma operação “possivelmente ligada a uma ação de desestabilização contra a França orquestrada pelos serviços de inteligência” russos.

O serviço Viginum, responsável por combater ingerências digitais estrangeiras, detectou na época “uma instrumentalização” do caso na rede X “por parte de atores ligados à Rússia”.

O episódio se insere em um contexto de outras supostas ingerências estrangeiras contra a França, como as estrelas de Davi pintadas com spray na região parisiense, cabeças de porco deixadas em frente a várias mesquitas e caixões depositados ao pé da Torre Eiffel.

© Agence France-Presse

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